Da cidade, da vizinha Porto União, e de vários municípios onde a diocese atua, vieram carros e até ônibus cheios. Tudo para acompanhar de perto a chegada da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida. Peregrina até a missa realizada às 15 horas do domingo, 18. É que a partir de agora, ela permanece na Catedral, saindo apenas para visitar as paroquias e comunidades próxima. Agora, a imagem da Virgem, é da diocese, num gesto solidário do santuário, em São Paulo, de doação da peça sacra.
A multidão se adaptou ao chão de pedrinhas, colocou as cadeiras do salão ali, armaram a sombrinha, se protegeram do sol e se comoveram. A entrada da imagem foi acompanhada por aplausos, lágrimas e por uma discreta, mas colorida chuva de papel picado. Gripada, precisando de repouso, a servente, Bruna Neubauer Sott, atravessou a ponte, vindo de São Cristóvão, para chegar perto. “É nossa Mãe. É nossa protetora. Vale qualquer esforço”, sorriu. Experiências similares eram replicadas na multidão, entre quem veio pedir, quem veio ver a união de tanta fé, quem veio agradecer.
A missa contou com as presenças dos padres de todas as paroquias da diocese, além dos bispos, Dom Agenor Girardi, e do emérito, Dom Walter. Ambos receberam a imagem carregada pela rampa do salão e colocada no altar arrumado para a ocasião, no acesso ao ambiente. A missa, embora especial, durou pouco mais de uma hora, tempo normal das celebrações.
Padroeira de União da Vitória
Além de agora ter a Catedral como residência, Nossa Senhora Aparecida foi declarada como segunda padroeira da diocese. O gesto chega no centenário da Catedral, lembrado este ano. Como já mostrou O Comércio, o titulo já era conhecido na diocese há alguns anos, mas não exatamente lembrado. A equipe de restauração do imóvel, durante as pesquisas nos documentos antigos da igreja, encontrou subsídios suficientes para “coroar” a Virgem como a segunda protetora da cidade e região. Que assim seja, amém.