Para limpeza durar mais, população precisa ajudar

Há oito meses prefeitura limpa rio que passa pelo Bairro Limeira. Porém, espera auxílio dos moradores para evitar alagamentos e degradação

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Atualizado há 7 anos

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(Foto: Mariana Honesko).

Em uma noite tranquila, embora chuvosa, o telefone do secretário de Meio Ambiente da prefeitura de União da Vitória toca. Sidnei Cieslak atende e escuta do outro lado da linha um pedido de ajuda. Era um dos moradores do Bairro Limeira, na zona Sul de União da Vitória. “Realmente fomos surpreendidos. Tinha umas 80 casas cheias de água aqui na comunidade”, recorda Cieslak.

Naquela noite o trabalho de emergência foi feito e no dia seguinte, de estudo, para entender os motivos da inundação. Em parceria com outras equipes, Cieslak chegou ao veredicto: era o Rio D’Areia que, estreito, com lixo e com pouco espaço para escoar, subiu e “esbaldou-se” nos quintais e residências vizinhas. “No dia em que fomos ver o que era, até ouvimos os moradores que pensavam que eram os tanques de peixes que estavam estourando. Vimos que não, que era realmente o rio cheio”, conta.

Com autorização do prefeito, Cieslak liderou o processo de limpeza do rio. Foi um trabalho extenso, que garantiu a retirada de muito entulho e lixo, bem como no alargamento do que era um córrego e na construção de um canal extravasor. “A captação de água é muito grande aqui. Toda chuva que caiu nos morros próximos desemboca aqui”, explica. “Mas, quando fizemos a limpeza, tinha de tudo aqui. Tiramos até capô de fusca”, completa.

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or isso, paralelo ao trabalho de limpeza, realizado há oito meses, as equipes de várias secretarias desenvolveram um trabalho de conscientização. Ele aconteceu entre os moradores e na escola. Hoje, uma visita ao espaço revela que muita gente já coloca a mão na consciência, embora entre a pequena corredeira do rio estejam sacos plásticos e objetos que deveriam estar nas lixeiras. “Por enquanto, mesmo assim, mesmo nos dias bem chuvosos, tudo está bem tranquilo”, sorri Cieslak. “Mas nosso pedido é esse: que as pessoas não joguem lixo neste rio”, pede.

Cieslak defende a preservação, mas pede ajuda da comunidade

Para reforçar o trabalho de limpeza foram plantadas árvores nas margens do rio. Elas devem evitar erosão e invasão, uma vez que estão protegidas por cercas. O que se espera, em curto prazo, é um ambiente renovado, limpo. “Já temos até Lambari, algo que até bem pouco tempo não tínhamos”, comemora Cieslak.