O ambiente está para eles. Os mosquitos se proliferam com mais rapidez nesta época do ano, quando a estação oscila entre muita chuva e calor. O pedido, já conhecido, é para não deixar água parada em recipientes como pneus, caixas d’água e vasinhos de flores. Estes são os principais criadouros do mosquito da dengue. Conforme a Vigilância Sanitária de União da Vitória, só neste ano, 15 focos foram registrados e um deles foi encontrado em uma Bromélia. “Foi na área central da cidade. O pessoal tem mania de dizer que na Bromélia não tem problema, mas tem. Precisa tomar muito cuidado com essas flores”, alerta Wagner Moura, coordenador de endemias da Vigilância de União da Vitória. Dos 15 focos três confirmaram a presença do mosquito da dengue.
Outro problema registrado pela Vigilância está dentro dos cemitérios. Por lá, vários vasinhos de flores são deixados em lembrança aos que já partiram, contudo, a manutenção desses vasos não é feita com frequência, e é ai que mora o perigo. Segundo Moura, um outro tipo de mosquito, da mesma família do Aedys foi encontrado em um vaso de flores durante uma visita dos agentes ao cemitério municipal. “O mosquito Albopictus é o transmissor da dengue na Ásia. Aqui no Brasil ele é considerado um primo do Aedes Aegypti principal transmissor do vírus no País.” A Vigilância trabalha com um grupo de médicos veterinários e biólogos que visitam casas, cemitérios e borracharias do município três vezes ao ano.
Na cidade os locais onde recebem mais visitas são nos bairros Rocio, Rio D’Areia e na Fricesp. Os agentes, além das orientações repassadas para os moradores, também fazem tratamento focal com inseticidas.
Já em Porto União o serviço de visitação é feito pela Vigilância Ambiental. Eles seguem o padrão estadual e utilizam armadilhas para combater o mosquito. Na cidade existem 42 pontos estratégicos visitados a cada 15 dias pelos agentes.
Mapa
No Mapa da Dengue divulgado na quinta-feira passada, 125 cidades brasileiras estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias de dengue. Outros 552 estão em alerta. Até agora, o Ministério da Saúde já recebeu informações de 1.524 cidades brasileiras, 61 a mais do que no primeiro levantamento, que havia sido finalizado em 3 de novembro.