SUGESTÃO DO LEITOR: Nomes e memórias são eternizadas nas ruas da cidade

Nomes das ruas são homenagens a pessoas que marcaram a história ou tiveram destaque por suas ações

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Atualizado há 4 anos

HomenagemXX2XAs ruas de uma cidade precisam de uma identificação e, para isso, os poderes públicos dão a elas nomes de pessoas, homenageando-as, ou identificam nas ruas datas ou temas importantes. Em Porto União e União da Vitória, muitos cidadãos já foram homenageados. A família Saldanha Muniz é uma das famílias que tem o nome de um familiar em uma rua. Ela está entre os bairros Nossa Senhora do Rocio e São Basílio Magno e é uma importante via, onde diariamente passam centenas de carros e caminhões.

Bernardino Saldanha Muniz foi homenageado em maio de 1965, por meio da lei 204. Ele foi presidente de várias entidades esportivas, recreativas e beneficentes, foi Juiz de Paz e se aposentou como exator do Estado. A indicação para ser homenageado foi feita em vida por meio do então vereador Wadislau Roberto Gach. Porém, provavelmente por um erro digitação na Prefeitura de União da Vitória, o nome do homenageado foi mudado. “Teve uma alteração ao longo de anos para Rua Bernardina Saldanha Muniz, ou seja, o nome de meu tataravô [que é Bernardino] virou um nome feminino. Infelizmente, foi a domínio público”, explica Juliane Meline Saldanha Muniz, lamentando que todos conhecem a rua com o nome feminino, apesar de a antiga placa indicativa do nome da rua estar correto.

Segundo Juliane, seu avô, Carlos H. Saldanha Muniz, que é neto do Bernardino, verificou esta anomalia no nome da rua em 2008. “Na época, foi feito pedidos diretamente na Câmara dos Vereadores de União da Vitória, mas eles respondiam que não era com eles essa retificação, pois lá constava o nome correto”, conta. Ela diz que o avô cogitou entrar na Justiça, mas o tempo foi passando e ela resolveu ir pessoalmente na Prefeitura de União da Vitória. “Lá tive o primeiro sucesso no meu pedido. Nos registros da prefeitura constava o nome do meu tataravô Bernardino como Bernardina, no feminino. Não demorou muito eles arrumaram o nome”, lembra.

Porém, para efetivamente fazer essa mudança e corrigir o erro, as Agências dos Correios, a Sanepar e a Copel também deveriam realizar a mudança do nome em seus cadastros que constava o nome feminino. Esse ano, Juliana comemora, enfim, a volta do nome correto para a rua. “A minha família, principalmente o meu avô, Carlos, se sente muito feliz e satisfeito por esse problema estar sendo sanado. Pois nada é mais gratificante que ter a memória de entes queridos marcando história na nossa cidade”, finaliza.