TRAGÉDIA EM CRUZ MACHADO: “Foi um herói”, diz empresária sobre piloto

Eliane Orzechowski estava com o marido a caminho do trabalho quando viram, de muito perto, o acidente

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Atualizado há 7 anos

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Empresária presenciou acidente e minutos depois, registrou o que viu

Embora tenha sido muito rápida, a queda do avião conduzido pelo piloto, Louis Fernando Chinkevicz, 34, morto no acidente, deixou rastros de uma atitude heroica. Para Eliane Orzechowski, que estava a caminho do trabalho com o marido, não há dúvidas: Fernando foi herói. Segundo ela, o piloto teria lançado a aeronave sobre o cemitério propositalmente, para evitar cair sobre casas ou forçar um pouso nas ruas centrais de Cruz Machado.

Eliane conta que na segunda, 6, dia do desastre, ela pegou um caminho diferente. Por conta disso, acabou assistindo o acidente, praticamente à 50 metros de distância. “A queda foi muito rápida. Ele vinha normal e de repente, virou de bico e caiu. Foi tão rápido que acho que nem eles tiveram como pensar em algo”, conta. Foram, segundo ela, cerca de três segundos em queda livre. “Possivelmente ele tentaria um pouso forçado na rua, mas no momento desviou para cemitério. Caiu uns 20 metros da gente”, continua.

E foi justamente por isso que a empresária defende o gesto heroico. Para ela, sem nenhuma dúvida, Louis Fernando pensou, por apenas frações de segundo, em salvar vidas. “Foi um herói. Acho que não deu tempo de pensar muito. A única atitude dele pode ter salvo outras vidas, como a minha”, afirma. “Não conhecia o piloto, mas pela sua atitude de honra, (a comunidade) acabou de perder um herói, um ser humano que agora está na paz do Senhor”, encerra.