Turismo é prejudicado por disputa judicial pelo controle da locomotiva 310

Uma disputa entre a prefeitura de União da Vitória e a Associação Amigos do Trem pelo direito de exploração da locomotiva 310 se arrasta na justiça, enquanto a máquina está parada, sem manutenção e sofrendo com o vandalismo. A prefeitura ganhou o primeiro round, ou seja, conseguiu na justiça local o fim da permissão em comodato para a Associação Amigos do Trem explorar o potencial turístico da locomotiva.
O secretário de Indústria, Comércio e Turismo de União da Vitória, Antonio Oscar Nhoatto, disse que o comodato foi encerrado porque a associação não cumpriu três itens básicos: a manutenção da máquina, a conservação e a operação da locomotiva 310. A associação recorreu da decisão de primeira instância e o processo se arrasta em Curitiba. Enquanto isso o turismo sofre prejuízos consideráveis com a falta dos passeios de Maria Fumaça.
De acordo com Nhoatto, a locomotiva pertence ao povo de União da Vitória. “Tanto que estava na praça Visconde de Nácar como monumento ao ferroviário. Se não fosse de União da Vitória o comodato não estaria sendo discutido na justiça”, esclareceu. Ele disse ainda que assim que a máquina voltar para as mãos do povo será destinada ao turismo. “É a cereja do bolo, num pacote de atrações que incluem as cachoeiras, o Morro do Cristo e o Rio Iguaçu”, finalizou Nhoatto.
A Secretaria, responsável pelo fomento do turismo em União da Vitória, espera que o processo seja julgado com rapidez. Além dos interesses do setor de turismo, como restaurantes, hotéis, pousadas e lojas de lembranças e recordações locais, a máquina precisa voltar a andar logo e reviver os áureos tempos das ferrovias em União da Vitória e Porto União.

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