Uma brincadeira que mudou a história de duas famílias

O dia 13 de junho marca os 15 anos do acidente que deu início a uma grande corrente de conscientização e prevenção sobre o uso de explosivos

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Atualizado há 11 anos

Por Ana Cristina A. Bostelmam

E, de repente, a diversão se transformou em um forte barulho. Tão forte que a vizinhança não conseguia imaginar o que causava tamanho estrondo. A cozinha ficou destruída, cinza, com as marcas da violência do impacto por todos os lugares. Susto, pavor e medo. Em poucos segundos, o que era diversão virou medo. A partir desse momento, as vidas das famílias de Gabriel Metzler de Oliveira e Tiago Ravanello nunca mais foram as mesmas e muitas coisas mudaram também para várias famílias de Porto União, no planalto norte de Santa Catarina, e de toda a região.

Era sábado, 13 junho de 1998, quando os amigos Tiago e Gabriel, com mais alguns amigos do colégio, estavam na casa de um colega e tiveram a ideia de fazer uma bomba caseira. Passaram em um mercado para comprar os foguetes e o material necessário para confeccionar a bomba. A compra foi mais fácil do que se imaginava. Mesmo sendo proibido a venda de foguetes para menores, eles compraram com muita facilidade, pois, na época, não havia muita fiscalização e fogos de artifício eram vendidos nos supermercados.

Eles foram para a casa de Tiago para começar seu invento. Os meninos colocaram os explosivos de duas caixas com rojões de 12 tiros em um cano PVC. Pronto! Ali estava o que eles queriam. Agora era só acrescentar o pavio. Então, eles aqueceram um espeto de churrasco para furar o plástico do cano e colocar o estopim, finalizando a sua obra. Mas a brincadeira virou tragédia: a bomba explodiu nas mãos dos meninos.

Os olhos já não podem mais ver

matéria especial
Tiago alguns meses antes do acidente: uma brincadeira que mudou a vida de sua família mas marcou com muito amor a trajetória pós acidente. (Foto: Arquivo da família)

Os minutos após a explosão pareciam horas. E as horas, longos dias. Gabriel lembra da dor em seus olhos. “Assim que houve a explosão, perdi a visão. Tentei sair pela porta da cozinha que era ao lado de onde estávamos, mas não consegui encontrá-la. Então, fui saindo pelo outro lado da casa. A única coisa que falei com o Tiago foi chamá-lo e ele já estava saindo pelo outro lado da casa e foi por onde fui tentar sair também”.

O irmão mais novo de Tiago, José Augusto Ravanello, conta que estava com os meninos minutos antes da explosão. “Eles iam colocar a bomba no terreno baldio atrás de casa para ver a bomba estourar”, conta, revelando sobre o plano dos meninos. Mas seu interesse se voltou para um filme que ele queria assistir, por isso foi para outro cômodo da casa. “De repente aquilo explodiu… Ban! Daí, me deu um gelo”. Emocionado, ele relembra a cena chocante que encontrou quando voltou à cozinha de sua casa. Chegou a trocar algumas palavras com Tiago e, com lágrimas nos olhos, lembra que foi a última vez que viu seu irmão.

José Augusto foi o primeiro a ver a cena do acidente. Logo em seguida, uma vizinha veio socorrer. “Ela levou os dois para o hospital. Eles tremiam muito por causa do impacto da explosão. Eles estavam muito machucados, muito mesmo. Parecia que alguém tinha metralhado o Tiago, pois a pólvora atingiu todo o corpo. Além disso, o PVC do cano e o mármore da cozinha também o atingiram. O Gabriel ficou irreconhecível”, conta Élia Ravanello, a mãe de Tiago.

Roberto Domit de Oliveira, o pai de Gabriel, recorda que estava, sem uma razão específica, na frente do hospital, parado no meio da rua, quando viu um carro buzinando, com a luz acesa. “Lembro que pensei na hora ‘nossa, aquela mulher é maluca’”. Quando ela parou e desceu do carro, gritou: ‘Acuda seu filho que ele se explodiu em uma bomba’. “Deve ter sido alguma relação de anjos, pais e filhos, uma ligação que me atraiu para frente do hospital naquele momento”, relembra,  ao pensar sobre a possibilidade de estar com o filho minutos depois do acidente.

Tiago, apesar dos ferimentos, estava consciente na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Sua mãe, ao entrar para vê-lo, percebeu sua agitação. Como não podia falar, ele tentava se movimentar. “Eu sei de quem você quer saber, Tiago. O Gabriel está aqui do teu lado e está bem, não se preocupe”, conta a mãe. Ele queria saber do amigo. Depois disso, ele se acomodou.

Porém, dois dias depois, nem os médicos sabiam mais o que fazer por Tiago. O caso era muito sério. Como solução, a família resolveu levá-lo para São Paulo. Ao chegar ao aeroporto com um avião UTI, ele não resistiu e morreu. Quando estavam levantando voo para voltar para casa, São Paulo se iluminava com o foguetório de comemoração da vitória do Brasil contra Marrocos, na Copa do Mundo da França. “Ele aproveitou bem a vida. Era muito intenso com as coisas que ele gostava de fazer”, conta a mãe.

Gabriel também tinha um quadro clínico de muito risco. Chegou a ter uma parada cardíaca. Foi encaminhado para Curitiba, tentando a recuperação da vista. Mas, três dias depois, ainda muito debilitado e assustado, Gabriel teve de encarar a mais triste de todas as cenas: o velório de Tiago.

As consequências da brincadeira

gabriel e livia
Gabriel, sua esposa Lívia de Mello e seu filho Gustavo: Gabriel pretende contar tudo que puder para evitar que seu filho, a família e os amigos passem pelo que passou. (Foto: Arquivo da família)

E não era somente o Tiago que Gabriel não podia mais ver. Ele conta que depois do acidente ficou sem enxergar nada, pois os olhos foram os mais afetados pela explosão da bomba. Hoje, ele enxerga cerca de 40% do que enxerga uma pessoa com visão normal e apenas com uma vista, pois a outra foi perdida no acidente. Durante esses 15 anos, foram 14 cirurgias, oito no olho e as outras nos ouvidos, pois ele teve rompimento dos tímpanos com a explosão.  “A primeira cirurgia foi há 15 anos e o último procedimento há 15 dias. É uma vista sofrida, que precisa cuidados sempre, e as consequências vão aparecendo com o passar dos anos. Tenho muitas limitações, principalmente à noite ou em locais com menos iluminação. Não posso dirigir, jogar futebol, tênis, andar de bicicleta etc. Com certeza, é possível viver sem ela, mas, ao mesmo tempo, tem horas que faz falta”, lamenta.

O médico oftalmologista, Alysson Cesar Kampmann, conta que existem dois tipos de bombas: a com explosivos e a bomba de cal. No caso de Tiago e Gabriel, foram os explosivos que causaram danos nos olhos. “Os explosivos causam um trauma mecânico no olho, os estilhaços do explosivo vão para o olho e podem causar a perda do globo ocular ou perda severa da visão”, explica. Ele ainda complementa que os explosivos são agressivos em todo o corpo, podendo causar mutilações e outros ferimentos.

Mas outro tipo de bomba caseira é comum: a bomba de cal. De fácil confecção, muitas pessoas fazem por diversão e acabam sofrendo vários problemas. Segundo Kampmann, a cal é o pior produto químico que existe pois faz queimaduras extremamente severas nos olhos. Ele conta que a visão dificilmente sai sem sequelas quando ocorre um acidente com essa substância. “É um trauma químico que quando atinge a córnea faz uma lesão que pode levar a cegueira”.

Na casa de Tiago, um vazio, uma falta lamentável. Depois do acidente, a casa da família Ravanello ficou cheia durante seis meses. Eram amigos, parentes e conhecidos que vinham trazer uma palavra à família. Foi a prova que não era só o Tiago que era muito querido. No mês seguinte, outro fato deu uma nova luz a casa: o nascimento de Francisco, o primeiro neto de Élia e José Ravanello, pais de Tiago. “Eu falava que ele nasceu em uma época de muita tristeza na família”, conta Élia, que, mesmo assim, explica que foi uma forte emoção.

Na família Metzler de Oliveira, uma comoção geral. “Eu lembro de pessoas que a gente nem conhecia ligando, perguntando ‘a gente queria saber só como está seu filho’, ou indo em casa, à noite, batendo a porta para perguntar do Gabriel”, conta Domit, que relembra o apoio de muitas pessoas depois do acidente. Ele admite que o que ficou disso tudo foi a morte do Tiago e a superação do Gabriel. “Hoje, ele se supera dia a dia. A gente sempre procurou encarar o problema de frente, a realidade do que aconteceu. Ele mostra que é um exemplo, mostra para outras pessoas que tem que encarar, que tem que ir em frente”, conta o pai orgulhoso.

“Não foi a toa que ele foi embora”

A família Ravanello conta que o acidente foi muito difícil, mas que aprenderam a ver o lado positivo de tudo.  Segundo Élia, o olhar para a vida mudou. Eles aprenderam a ser mais compreensivos, a lidar com as pessoas, a recuperar novamente a alegria de viver. “O momento foi muito difícil para nós, e se não fôssemos buscar ajuda, com o tempo, a gente ia morrendo devagarinho. Para mim, foi um diferencial de vida. Antes, a gente dava mais valor para o serviço do que para a família, agora não. A lembrança fica sempre. Mas é olhar a coisa ruim e pensar que aquilo veio para você melhorar. Foi um alerta para nós. Nós fomos marcados”, conta o pai, José Ravanello. Élia ainda complementa que o que aconteceu com eles foi para melhorar e ajudar também outras famílias. “Depois do acidente, em cada família que acontecia uma coisa parecida, os primeiros com quem eles vinham conversar éramos nós. O fato de ter acontecido isso com o Tiago salvou muitas vidas. Evitou de tanta gente perder as mãos, ficar cego, ficar sem audição. Não foi à toa que ele foi embora”, analisa.

A prova de que o acidente com Tiago e Gabriel tem um lado positivo são os números de registros de atendimento com acidentes envolvendo bombas no Corpo de Bombeiros de Porto União. Ao buscar dados nos registros de ocorrências, foi difícil encontrar algum que envolvesse bomba ou explosivos. O soldado Clodoaldo Ribas dos Santos conta que, na época do acidente, trabalhava em Canoinhas, mas a história chegou não só em sua cidade, mas foi contada em todos os Corpos de Bombeiros de Santa Catarina.

Ele lembra que, como os meninos eram de famílias conhecidas na cidade, o assunto tomou grande proporção e isso fez com que a história ganhasse destaque. Para ele, esse destaque, a comoção municipal, colaborou com a diminuição considerável de casos de explosões com bombas. “Temos poucos registros de atendimento a casos de bombas caseiras nos últimos anos. Com certeza o exemplo deles ajudou a diminuir os casos na cidade e região”.  Santos ressalta que, ainda hoje, a história dos meninos é usada como referência em cursos e palestras de conscientização e isso faz com que muitas pessoas pensem com mais cuidado antes de fabricar uma bomba.

Os pais de Tiago ainda completam que a própria legislação ficou mais rígida, o que colabora com a diminuição das ocorrências.

O recomeçar

“Quase sempre estou pensando no acidente. É praticamente impossível não lembrar daquele trágico momento de minha vida. Já sofri muito com o que pensava ser uma brincadeira. Acabei perdendo um amigo e até hoje sofro com isso”, desabafa Gabriel, que lembra os detalhes do acidente. Depois de muito sofrimento, os pais de Gabriel, Roberto Domit de Oliveria e Maria Luíza Metzler, não se admiraram com a solução que Gabriel encontrou para tentar melhorar um pouco o mundo, que, agora, ele valoriza muito mais. O menino, com 14 anos, contando com o apoio de seus pais, de sua irmã, Marília Metzler de Oliveira, e vários amigos, queria de alguma forma mostrar aos jovens o perigo do uso inadequado dos explosivos. Com esse objetivo fundou o Grupo Alerta Vida (GAV), que faz orientações, por meio de palestras, fotos e vídeos, divulgação em escolas e materiais informativos, sobre os perigos dessas brincadeiras. “Não tínhamos esse conhecimento quando fizemos a bomba, pois tenho certeza que se tivéssemos tido a oportunidade de assistir uma palestra sobre o perigo do manuseio inadequado de explosivos, jamais teríamos feito a bomba. Infelizmente, eu aprendi da pior maneira possível, sofrendo as consequências de mexer com foguetes”, relata.

Nesses 15 anos, eles percorreram muitas cidades e estados. Também tiveram um destaque grande na imprensa, tanto local, regional e nacional. Eles relembram de vários casos e pessoas em diversas partes que dividiam suas experiências. “Teve um menino do Mato Grosso, onde aconteceu um caso bem semelhante, que não queria mais sair de casa. Foi passado o número dele ao Gabriel. Ele conversou com esse jovem e conseguiu trazê-lo de novo para a vida”, conta Domit. Além disso, o grupo ganhou vários prêmios pelo trabalho de prevenção realizado nas comunidades. O maior deles foi o prêmio Sonhadores do Milênio, da UNESCO, que reuniu, em 2000, nos Estados Unidos, representantes de diversos países que se destacaram em trabalhos voluntários.

Segundo Marília, durante as palestras, muitos confessam que não tinham conhecimento do que eram os explosivos, do que eles faziam e até sobre a bomba de cal e seus efeitos. “Uns dizem ‘meu vizinho fez’, ‘meu parente produziu uma’, ‘fulano perdeu a mão, perdeu o dedo, perdeu o braço’. Se a gente tivesse visto essa palestra antes, a gente ia falar, ia recomendar não fazer, ia mostrar o perigo”.

Hoje, Gabriel é formado em Engenharia Civil e trabalha em uma grande multinacional da área de energias renováveis. Sua irmã é médica veterinária. Com o ritmo de trabalho que veio em consequência dos anos de estudo, as palestras diminuíram, mas quando podem visitam algumas escolas. “Quando nos chamam vamos conversar com os alunos sobre tudo que passamos e o que queremos que seja evitado”, conta Marília. Segundo eles, a ideia não é proibir as pessoas de soltar foguetes, mas conscientizar quem solta para que tenha a real noção do risco que correm mexendo com explosivos. Eles contam que o GAV tem hoje com um acervo de 50 vídeos e matérias enviadas por pessoas que assistiram às palestras e mandaram suas experiências, dando mais ênfase ao perigo das bombas.

Para os pais de Tiago, a atitude de Gabriel e da família foi muito bonita e eles, muitas vezes, acompanharam o GAV em suas ações. “Soubemos, um tempo depois, no hospital, que a conscientização fez diferença, pois eles nos falaram que diminuiu o número de casos”, explicam.

Um nome marcado

Tiago é um nome bíblico e significa Dádiva de Deus. O nome indica uma pessoa que passa a vida fazendo bem aos outros. É respeitador, amigo, leal e um excelente companheiro. É ainda um amigo da natureza. As descrições do nome retiradas de livros especializados confirmam as qualidades de Tiago Ravanello expostas por sua família. “A gente conheceu um outro lado do Tiago depois que ele se foi. As pessoas vinham nos falar que ele era amigo de todo mundo, piadista, educado e tinha um comportamento excelente. Todos gostavam dele”, contam os pais. Eles ainda destacam o amor pela natureza e por animais e o carinho que sentia com todas as pessoas que o cercavam, independente de classe social ou idade. “Era um menino fofo”, diz, carinhosamente, a mãe.

Gabriel, atualmente, é casado e tem um filho de quase cinco anos. Ele planeja contar tudo que puder para evitar que ele, a família e os amigos passem pelo que passou. Hoje, ao olhar seu filho, ele pensa o quanto seus pais foram fortes e, ao mesmo tempo, a dor que os pais do Tiago sentem. “Ver um filho sofrendo é muito duro para os pais e, perder um filho, com certeza é muito pior”, emociona-se. Ele diz que, mesmo não podendo voltar no tempo, é inevitável pensar como seriam suas vidas se não tivesse ocorrido o acidente.  “Foi um fato ocorrido há 15 anos, porém ele está presente diariamente em minha vida. Lembro de tudo sobre o acidente, todos os detalhes. Com certeza, se soubesse dos riscos, não faria o que fizemos. O acidente não marcou apenas a minha vida, mas dos meus familiares e também da família do Tiago”, diz, enaltecendo que o carinho e o apoio dos amigos e familiares é fundamental para seguir a luta.

Uma lição para a vida toda

Se tem algo que os pais de Tiago não cansam de falar, é sobre o aprendizado que tiveram com tudo isso: a família é um bem precioso. “Pais, fiquem mais com seus filhos, curtam, aproveitem quando são pequenos ou adolescentes. Além de unir o útil ao agradável, além de ficar com eles, aproveitem o calor humano da família, aproveitem para estar do lado deles e ainda evitar que eles estejam com maus elementos”, chamam a atenção.

Segundo Domit, eles receberam muito apoio, especialmente dos amigos do Gabriel, aqueles que estavam junto na casa de Tiago, mas que, no momento da explosão, estavam do lado de fora da casa. “Até hoje eles o tratam com uma certa proteção, uma proteção de amigo. Eles sabem que o Gabriel tem limitações, mas os amigos nunca se afastaram. Hoje, eles têm uma amizade difícil de ver, fortalecida”.

Depois de tudo que passou, Gabriel aprendeu uma lição importante. “A família e os amigos devem ser sempre valorizados, pois são a parte mais importante das nossas vidas. Nos momentos mais difíceis, eles que realmente estarão ao seu lado para lhe dar apoio e força!”. Ele não cansa de agradecer aos familiares, amigos, médicos, enfermeiros, a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para que ele pudesse contar essa história. “Espero que as pessoas aprendam lendo e ouvindo, o que eu precisei sentir na pele para entender o perigo de mexer com explosivos”, ensina.

O GAV continua ativo

Se alguma escola, professor ou turma tiver interesse de ouvir as histórias de Marília e Gabriel e receber gratuitamente a palestra de conscientização sobre os explosivos, basta entrar em contato pelo telefone 42 8850-1661 com Marília, ou 42 9975-1409, com Roberto.

O que fazer em caso de acidente

Bomba de cal – lavar os olhos com água corrente e tirar o máximo da cal na hora. Quanto mais tirar a cal, menos a substância vai agir no olho até chegar no hospital. Depois, buscar cuidados médicos, especialmente oftalmológicos.

Bomba com explosivos – buscar imediatamente ajuda médica. Para socorro emergencial, ligue 193.

Convite

Essa semana é de lembranças e saudades. Recordações de como Tiago ajudou a conscientizar as pessoas do risco das bombas e explosivos. Por isso, a família está organizando uma missa em homenagem a Tiago, no dia 16 de junho, domingo, às 19h, na Igreja Matriz de Porto União. Todos os amigos são convidados.