A enquete disponibilizada no site da prefeitura de União da Vitória, que pedia a opinião popular sobre os rumos a serem tomados no trânsito regulamentado de União da Vitória foi encerrada no sábado, 23, às 23h59.
Antes do lançamento da ferramenta de consulta popular, na última reunião envolvendo as partes, a diretora proprietária da Uniestar, Keila Pacheco Magnani, deixou claro que poderia até não renovar o contrato sem a recomposição exigida para melhorar a operacionalização do serviço. Uma audiência pública promovida no início de maio, na Câmara de Vereadores, teve por objetivo debater a recomposição da tarifa do estacionamento rotativo. De acordo com as informações do gabinete do prefeito Pedro Ivo Ilkiv, a principal razão da audiência foi o pedido de recomposição da tarifa por parte da permissionária, a empresa Décio Pacheco e Cia Ltda. A empresa, que opera no setor desde junho de 2012, modernizou o sistema e acabou com as reclamações. Mas agora a empresa alega quebra do equilíbrio econômico e financeiro.
O Consultor de Mobilidade Urbana, técnico Geferson Mozzer, de Rio do Sul (SC), detentor da tecnologia em serviços de estacionamento rotativo digital, fez uma exposição em nome da empresa permissionária, alegando que a empresa está com déficit operacional de R$ 30 mil por mês. Segundo o consultor, para atender as necessidades básicas da empresa, a tarifa teria de ser de R$ 1,50 para uma hora e de R$ 0,75 para meia hora. O atual valor é de R$ 1,00 para uma hora e R$ 0,50 para meia hora. A prefeitura, que não estava disposta a conceder o aumento, visto como medida impopular que onera ainda mais o usuário do estacionamento rotativo, disse que não poderia e não iria tomar a decisão sozinha. O prefeito Pedro Ivo Ilkiv abriu a enquete para ouvir a população e disse que o resultado, qualquer que fosse, seria utilizado pela prefeitura, já que contaria com o aval direto dos cidadãos de União da Vitória.
O resultado
Nas duas semanas de enquete, 805 cidadãos usuários do sistema se pronunciaram. Pelo resultado divulgado pelo Centro de Processamento e Dados (CPD) da prefeitura, 63,4% dos participantes, ou seja, 510 cidadãos, optaram por manter o atual sistema eletrônico, elevando o valor em 50%, conforme requerido pela empresa (R$ 1,50 para uma hora e de R$ 0,75 para meia hora). Já a segunda opção, que teve 36,6% dos votos, ou 295 votos, dava como alternativa a volta do sistema antigo, com cartão impresso preenchido a caneta, e manutenção os valores atuais (R$ 1,00 para uma hora e R$ 0,50 para meia hora).
Em reunião realizada no início da tarde de ontem no gabinete do prefeito Pedro Ivo Ilkiv (PT), ficou definido que a prefeitura vai conceder o reajuste solicitado pela empresa. O Decreto deverá ser publicado nos próximos dias pelo Diário Oficial do Município.