Exame de DNA confirma que corpo é de menina sumida em Cruz Machado

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Atualizado há 8 anos

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Foto: Reprodução

O exame de DNA confirmou que um dos corpos encontrados em Cruz Machado, na região sul doParaná, é o de Solange Vitek. A polícia ainda não tem a confirmação se o outro corpo encontrado é o de Camile Lurdes de Chagas. O resultado foi divulgado sábado (22).

Camile, de 13 anos, desapareceu em dezembro de 2015 e Solange, de 16 anos, em abril deste ano. As ossadas que a Polícia Civil investiga se são das amigas foram encontradas recentemente – uma em julho e a outra em agosto.

Um jovem de 17 anos, colega de escola das duas, confessou ter matado as amigas. Ele disse ter assassinado Camile porque queria ter um relacionamento com ela, mas não foi correspondido. Depois, o adolescente afirmou ter matado Solange porque ela insinuou saber do primeiro assassinato.

O adolescente foi condenado e está internado no Centro de Socieducação (Cense) de Laranjeiras do Sul, na região central do Paraná.

Choque

Os três estudavam na mesma escola. Os colegas contam que ainda não acreditam no que aconteceu. “Muito triste. A gente não consegue dormir de noite porque fica pensando que pode acontecer com a gente, com outro amigo”, diz uma amiga de Solange.

“Triste, né? Eu estudava junto, era a melhor amiga. Triste saber que fizeram isso com ela e que foi um colega nosso. Eu também me dava bem com ele. Triste saber que ele fez isso, a gente não acredita”, lamenta outra amiga.

De acordo com a direção da escola, o adolescente sempre estudou no mesmo lugar, mas nunca na mesma sala em que as amigas. Ele reprovou alguns anos e estava na 8ª série. Em outubro do ano passado, abandonou os estudos.

Duas ex-professoras do suspeito, que preferem não se identificar, contam que o adolescente não tinha um bom comportamento. No entanto, elas acrescentam que nunca imaginaram que ele pudesse ser o responsável pelos desaparacimentos.

“Ele ameçava os colegas, passava e empurrava o caderno deles no chão, pegava canetas, lápis, mas, mesmo assim, você não imagina…”, relata uma delas.

“Quando você está lá na frente, de jeito nenhum você espera isso de alguém. Não sei, você só pensa que essas crianças são a esperança da sociedade. É muito triste perder alunas assim”, afirma outra professora.