Por Milton Mendes
Santa Catarina perdeu competitividade nos últimos anos, sobretudo porque optou por transformar-se em um estado importador. Empresários que viajam há mais de dez anos à Feira de Cantão (China) para comprar de dezenas de indústrias, que antes eram fabricantes, hoje importam matéria-prima e produtos acabados.
Esse fenômeno acentuou-se nos dois últimos mandatos estaduais, e o Pró-Emprego, programa de título atraente, mas ilusório, de compensação fiscal, é um dos responsáveis. Os resultados, extremamente negativos não tardaram: entre muitas perdas, Santa Catarina passou de quinto para décimo maior exportador; e, de estado superavitário na balança comercial, para déficits crescentes, que chegaram a 6 bilhões de dólares (e a importação atingiu 14 bilhões de dólares).
Aumentar a competitividade do estado requer um conjunto de medidas, articuladas pelo governo e as entidades empresariais e de trabalhadores, dentre as quais podem ser descritas:
1. Investimento em formação básica (educação de jovens e adultos) de 800 mil catarinenses, que representam hoje cerca de metade do total que não tem o ensino fundamental completo;
2. Investimento em formação técnica, de nível médio, de 200 mil jovens e adultos;
3. Investimento em Ciência, Tecnologia e Inovação, através da Fundação de Amparo à Pesquisa;
4. Promoção dos Produtos e Serviços Catarinenses no Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo;
5. Internacionalização da Economia, através de Promoção dos Produtos e Serviços Catarinenses no Exterior e de outras medidas, ora em desenvolvimento através da APEX, MDIC, MRE, CIN/CNI
6. Atração de investimentos para o setor do Turismo;
7. Criação da Escola de Gastronomia do Mar;
8. Redução dos custos de transportes, com a construção das ferrovias Litorânea e Leste-Oeste.
Milton Mendes é candidato Aao Senado pelo PT
Este artigo está sendo publicado como parte do Projeto Eleições 2014, da ADI-SC/CNR-SC/Central de Diários. Os candidatos ao Senado puderam escolher entre dois temas: “Estratégias para aumentar a competitividade do Estado” e “Como podemos revisar o pacto federativo?”