Entrevista com prefeito de União da Vitória

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Atualizado há 9 anos

Pedro Ivo Ilkiv fala dos trabalhos que serão realizados neste ano

(Foto: Arquivo)
(Foto: Arquivo)

O prefeito de União da Vitória, Pedro Ivo Ilkiv (PT) concedeu uma entrevista exclusiva ao jornal O Comércio, para falar dos trabalhos e dos planos para o ano de 2015. Ilkiv destaca que será o ano da saúde, do asfalto e da proteção animal.

Jair Nunes –  A taxa do lixo aumentou para 2015?

Pedro Ivo – Começou com uma perguntinha pesada, né? Bom, não estamos aqui para esconder nada. Todos os anos há uma atualização da inflação, isto está previsto em contrato com a empresa que faz a coleta do lixo. É uma correção da inflação, todos os anos, e em 2015 não está sendo diferente.

J.N –  E o Programa Patrulha do Campo vai funcionar neste ano?

P. I – Vai, sim, mas ouve um pequeno problema, nós contratamos em consórcio funcionários por teste seletivo, por que achamos que o Patrulha do Campo seria por tempo determinado, depois acabaria. A solução que encontramos foi a cessão de dois funcionários por prefeitura para operar os maquinários. Se um dia o Programa acabar, os funcionários voltam para suas respectivas prefeituras.

J. N –  E quanto ao programa municipal de asfaltamento. As máquinas já foram entregues à Prefeitura?

P. I –  Ainda não. Devem ser entregues ainda em janeiro. Vamos implantar o maior programa de asfaltamento em União da Vitória já visto. Asfalto de qualidade, recuperando as ruas que precisam, mas priorizando o asfaltamento de novas ruas, Em São Cristóvão, na zona sul, no bairro São Bernardo e no centro. Com essas máquinas vamos baratear os custou, cortar pela metade. Com a aquisição das máquinas o custo deve cair de R$ 1 milhão o quilômetro para R$ 500 mil, ou menos. É uma das nossas metas de 2015.

J. N –  E o concurso público cancelado no final do ano passado, será realizado quando?

P. I –  Dia 25 de janeiro. Vamos divulgar exaustivamente a partir de segunda-feira, 12.  O concurso foi cancelado porque houve confusão no horário em que os portões seriam fechados, apesar de estar bem claro no edital. Muitos dos participantes nem se deram o trabalho de ler o edital. Como uma funcionária anexou um bilhete com o horário do concurso, sem deixar claro o horário de fechamento dos portões, teremos que refazer as provas.

J. N –   E quem pode participar do novo concurso?

P. I –  Mas não é um novo concurso. É o mesmo. Inclusive ninguém mais pode se inscrever. Vamos reaplicar a prova. Essa confusão causou atrasos e prejuízos , porque tudo isso tem custo e teremos que arcar com as despesas.

J. N –  Como será a volta das atividades após o recesso de fim de ano?

P. I –  Tem muita coisa para fazer, mas na Secretaria de Obras vamos priorizar estradas do interior, os buracos que se formaram nas ruas dos bairros e do centro por causa das chuvas que caem diariamente desde antes do Natal. Paralelamente vamos tocar obras como os seis postos de saúde, a construção das escolas que estão em andamento, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o programa de asfaltamento, os projetos de Urbanismo e Turismo e preparar a volta do ano letivo das escolas municipais.

J.N –   Quantas e quais escolas?

P. I –  São três novas escolas que estão sendo erguidas, uma no Bairro São Sebastião, a Escola Rural  e a Escola nova em São Domingos, no interior do município. E no dia 15 de fevereiro se iniciam as atividades na creche (Cmei) do Bairro Bom Jesus.

J.N –   E o Programa de Habitação?

P. I –  O programa habitacional foi um dos destaques de 2014 com a entrega de dois conjuntos no Distrito de São Cristóvão. Outras 600 casas estão projetadas para ser entregues em 2015. Não posso negar que o Governo Federal foi meu grande parceiro neste ano. Quero continuar com os investimentos até o final do mandato.

J. N –   Muito se falou na quarta ponte e no canal extravasor. Há algum indicativo de que essas obras saiam do papel?

P. I –  É isso que vou tratar de garantir.  A quarta ponte ligando o centro ao Distrito de São Cristóvão. E vou continuar batalhando pelo canal extravasor. Acredito bastante na possibilidade de concretizar a construção da ponte. O canal extravasor, pelo custo milionário, está sendo adequado  para poder ser viabilizado.

J.N –   E o turismo?

P. I –  Os acertos para a volta da Maria Fumaça estão progredindo. A ANTT já sinalizou positivamente. Com isso podemos voltar a sonhar com os passeis da 310 até a estaçãozinha do KM 13.  Outra obra que está em andamento é o Parque Linear. A primeira etapa, na região do Navegantes já recebeu pistas de skate deve receber um portal quadras de esporte, iluminação da ponte e chafariz  na orla do rio Iguaçu até as proximidades da Uniguaçu.

J. N –   O senhor disse que esse será o ano da Saúde. Por que?

P. I –  É preciso lembrar os recursos federais que possibilitaram a construção de seis postos de saúde novos e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). É verdade que ainda estão em fase de construção, mas a previsão é de inaugurar tudo até a metade do ano. Além disso implantamos um programa de otimização dos recursos da saúde, e vamos melhorar a gestão. Todos os postos terão médicos, enfermeiros, setor administrativo e insumos. Quero acabar com as reclamações do setor.  E mais, a partir de agora, teremos médicos pediatras 24 horas por dia no Pronto Atendimento emergencial do centro.

J.N –   Por que no centro?

P. I –  Todos os caminhos levam ao centro. Qualquer mãe, qualquer pai sabe que se a criança ficar doente de madrugada, de dia, de noite é só apanhar um ônibus, um táxi, ou pedir socorro para o vizinho e trazer os  pequenos pacientes até a unidade central. Além disso, é uma das exigências para o funcionamento do UPA, por determinação do Governo Federal. O que estamos fazendo é sair na frente e garantir esse atendimento especializado.

 J .N –   Finalizando, o que na sua opinião falta para que 2015 seja o ano mais perto da perfeição?

P. I –  Ainda temos problemas de Segurança Pública. O baixo efetivo das polícias civil e militar tem se refletido em maiores índices de tráfico de drogas, violência doméstica e até homicídios. A PM e a Polícia Civil tem feito verdadeiros milagres, mas não sabem até quando poderão segurar a criminalidade em níveis aceitáveis. Vamos fazer uma agenda permanente com os demais prefeitos da Amsulpar para reverter esse quadro, já que a situação atinge todos os municípios da região.