Na primeira sessão do ano, vereadores cobram promessa do governador

Discussão sobre recursos para a Área Industrial e SC 135 garantidos em 2017 dão o tom da primeira reunião do Legislativo

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Atualizado há 6 anos

Sessão foi acalorada, mas nem tão extensa: reunião começou às 19 e terminou próximo das 20h30. (Foto: Mariana Honesko).
Sessão foi acalorada, mas nem tão extensa: reunião começou às 19 e terminou próximo das 20h30. (Foto: Mariana Honesko).

A abertura do ano de trabalho do Legislativo de Porto União começou na noite desta terça, 6. No plenário, apenas Neilor Grabowski (PMDB), por compromissos na capital, esteve ausente.  Vereadores presentes deixaram o clima pacato de começo de atividades de lado. Nos discursos, feitos por vários deles, uma espécie de “deixar tudo em pratos limpos”.

E assuntos não faltaram, embora, sem dúvida, a promessa do governador Raimundo Colombo de investimentos para a cidade, um aporte de mais de R$ 1 milhão, foi o tema mais debatido. Conforme os vereadores, em 2017, Colombo teria garantido a liberação da verba, para ser aplicada na pavimentação da Área Industrial da cidade e para a recuperação do trecho entre Porto União e Matos Costa da SC 135. O novo presidente da Casa, Christian Martins, lamentou o gesto do governador e, apoiando a sugestão de demais vereadores, deve encaminhar um oficio cobrando a garantia. Os vereadores querem, na verdade, uma posição: ate um “não” é válido, disseram no plenário, já que a partir disso, uma nova jornada em busca da cifra começa, mas por outros caminhos.  “O governador deixa o governo no dia 16 e vai para a renuncia. Isso gerou um debate aqui porque é nosso sentimento de revolta, assim como é do povo também”, disse Martins.

Discursos acalorados sobre a publicação nas redes sociais de críticas, segundo os vereadores sem provas ou fundamento, também aconteceram. Sandro Calikoski (PMDB), mandou recado via transmissão online da sessão. Sobre uma publicação envolvendo seu nome e o gasto com diárias, disse que se não fosse as viagens, os recursos que conquistou não seriam possíveis. “Mas isso não é publicado, compartilhado. Mas para denegrir a imagem de quem trabalha, isso acontece. Gastei com diárias mas trouxe recursos”, desabafou. Calikoski chegou a afirmar que neste ano, não vai viajar mais. “Mas a comunidade vai sentir a falta destes recursos que eu ia buscar”, concluiu.

Dentro deste contexto, Martins, já na abertura da sessão, garantiu que 2018 fará uma gestão transparente. Começando pelo retorno da transmissão pela internet, ao vivo, de todas as sessões. “A gente pede que as pessoas acompanhem. Como vamos fazer o trabalho sem a participação e opinião popular?”, ressaltou o vice-presidente da Casa, Élio Weber. Outra novidade, é a colocação de um toten (cedido pela fabricante à Câmara), já na entrada do plenário, com informações de pauta e gastos, por exemplo. O presidente também apontou números, mostrando que já nos primeiros 30 dias de gesto, a partir de reajustes em contratos e outros cortes, se espera uma economia anual de mais de R$ 30 mil por ano. “Com a ponta da caneta”, definiu.

Vice-prefeito participa

Breve e pontual, o vice-prefeito de Porto União, Percy Storck, foi o porta-voz do Executivo da mensagem anual aos vereadores. Representando o prefeito, Eliseu Mibach, Storck ressaltou a importância da parceria entre os poderes para a garantia do bem estar e desenvolvimento da comunidade. “Juntos, vamos transformar a cidade e tenho certeza que isso vai acontecer novamente neste ano”, sorriu.

Estrutura

A localização do plenário continua em discussão e na sessão de terça, também foi apontada. Conforme os vereadores, está em estudo a descida do espaço, a colocação de um elevador ou até a mudança de endereço. A Câmara de Vereadores e o local das reuniões ficam na Estação União, imóvel tombado pelo patrimônio histórico do Estado. Todas as intervenções, dependem da aprovação estadual e localmente, do Corpo de Bombeiros.