“Somos a favor da extinção das SDRs”, diz Silvio Dreveck

Presidente da Alesc conversa com lideranças em Porto União e no encontro, afirma que é contra a manutenção das SDRs no Estado

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Atualizado há 7 anos

Presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Silvio Dreveck
Presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Silvio Dreveck

Na tarde dessa quinta-feira, 20, o presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Silvio Dreveck, esteve em Porto União, conversando com partidários e lideranças da cidade. O encontro foi no Clube 25 de Julho, onde o presidente conversou também com a imprensa.

Dreveck aproveita parte do recesso para fortalecer a relação do PP, seu partido, com sua base aliada. Nos encontros, fala sobre o governo, da própria Assembleia e os planos do governo para 2018. De Porto União, Dreveck seguiu para Irineópolis e finalmente, para São Bento, onde tem compromissos até o final do recesso, marcado para 1º de agosto. O presidente visitou até ontem, 130 cidades no Estado, em um roteiro que começou na sexta-feira anterior.

Sobre seus primeiros seis meses à frente da Alesc, o presidente destacou números e projetos. Foram, conforme ele, 180 projetos deliberados, além de 88 vetos e preposições de Projetos de Lei. “Além disso estamos autorizando o Governo a firmar parceria público-privado e concessões. Isso porque o Governo de Santa Catarina, assim com outros, não terá dinheiro sozinho e infraestrutura necessária para dar conta disso, além de deixar de fazer um trabalho de qualidade”, disse.

O presidente do Legislativo local, Luiz Alberto Pasqualin, recepcionou Dreveck. “O deputado representa o Planalto Norte Catarinense já que em 50 anos, a região nunca elegeu um presidente na Ales. O deputado representa o PP, mantém contato para disputar um cargo na Câmara Federal. Hoje (ontem) é uma reunião com o diretório mas também com outras agremiações, já que Dreveck é a segunda maior autoridade do Estado”, falou.

SDR

silviodreveck-portouniao-alesc-2XX3XPara Drevek, a extinção de empresas públicas é interessante. A medida é discutida pelo Governador Raimundo Colombo. É bem-vista também, o fim das Secretarias do Desenvolvimento Regional (SDR), criadas no governo de Luiz Henrique (in memorian) e que tinham como foco a descentralização.

O presidente acredita que a alteração da estrutura, que só pode ser feita pelo Executivo, não ocorra no governo Colombo. Por outro lado, defende a posição de seu grupo, dizendo que sim, é contrário à manutenção do modelo. “Já temos uma decisão. Somos pela extinção. Diminuir o tamanho do Estado e colocar esse dinheiro na saúde, habitação, segurança e rodovias. O dinheiro que se gasta nessas estruturas, dá uma despesa de meio bilhão por ano”, defende. “É um tema que vai entrar em pauta”, completa.

CANAIS

Dreveck também falou sobre os canais que vem criando para estreitar a comunicação entre o Poder Legislativo e a comunidade. O deputado defende esse jeito pedagógico de fortalecimento de fortalecimento, o que deve garantir informação de qualidade, bem como fomentar o interesse da população em participar das atividades políticas. “Hoje há um afastamento da população com o cenário político. Quanto mais as pessoas de bem se afastarem, pior vai ficar a qualidade política”, sinaliza.

ELEIÇÕES

Um dos assuntos discutidos no encontro em Porto União foram as eleições de 2018. Para o presidente da Alesc, emplacar a Assembleia não é algo tão simples, talvez por isso o município ainda não conseguiu colocar no órgão, nenhum deputado estadual. “Quanto mais candidatos e muitos partidos, os votos são fracionados. Todos os partidos têm essa vontade. Isso dificulta uma eleição para eleger em cada micro ou marcrorregião. Com a saída do deputado Reno, ficamos realmente sem uma representação direta. Quanto mais perto um deputado está de sua cidade, é melhor. Por isso, vamos fazer um projeto com alianças, para eleger no mínimo seis ou sete, para fortalecer a sigla e a representatividade”, avalia.

CENTENÁRIO

Em setembro, a Alesc se instala em Porto União. Durante as comemorações dos cem anos, a Assembleia promove uma sessão solene de homenagem à cidade. “É algo justo, meritório, já que a cidade está distante da capital mas que muito fez por todos nós catarinenes”, sorriu.