Começou nesta segunda, 23, e segue até o dia 1º de junho, mais uma campanha de combate à gripe. Esta é 20ª. edição da imunização. Até o dia 1º de junho, devem ser imunizados idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de 5 anos, trabalhadores da saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional. Pessoas com doenças crônicas e outras condições clínicas especiais também devem receber a vacina. “A expectativa é boa. O que queremos é que estes grupos que serão vacinados não fiquem doentes, não fiquem internados. Sabemos que podem ocorrer até óbitos neste sentido”, avalia o chefe da 6ª. Regional de Saúde, Henrique César Guzzoni.
A vacina é totalmente gratuita. Ela protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no País (veja quadro). O Ministério da Saúde informa que a imunização é segura e é a intervenção mais importante para evitar casos graves e mortes pela doença. Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal é realizar a imunização antes do início do inverno, que começa em junho. O período de maior circulação da gripe vai do final de maio até agosto. “De agulha, ninguém gosta (risos). Mas acho que um corpo bem relaxado, tranquilo e sabendo que está com pessoal capacitado, não dói, é tranquilo”, diz o chefe da Regional, que garante já ter recebido a vacina.
Esta não é uma vacinação da rotina do Calendário Nacional de Saúde. Trata-se de uma vacina de campanha, ou seja, ocorre somente em um período específico. Neste período, é ofertada gratuitamente, em 65 mil salas de vacinação em todo o País, a vacina para grupos prioritários, formados por públicos mais suscetíveis a desenvolver a forma grave da doença.
Na 6ª. regional, que envolve dez municípios na região sul paranaense, quase 50 mil pessoas devem receber a vacina. Em Porto União, especificamente, são 11.122 pessoas que precisam procurar os postos até o final da campanha.
Dia ‘D’
O Dia ‘D’ em 2018 será no dia 12 de maio. A data garante as portas abertas de todas as unidades de saúde. Geralmente, o horário de funcionamento é das 8 às 17h (oficialmente, será decidido mais próximo da data). Neste dia, as pessoas que compõe os grupos de risco podem procurar a unidade mais próxima. É interessante que a Carteira de Vacinação seja levada junto, especialmente as das crianças.
Mas, o que é gripe?
A influenza ou gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, ocasionada pelo vírus influenza, com elevado potencial de transmissão. Inicia-se com febre, dor muscular e tosse seca. Em geral, tem evolução por período limitado, de um a quatro dias, mas pode se apresentar de forma mais grave. É esta doença que está na mira da imunização dessa vez. A gripe propaga-se facilmente e é responsável por elevadas taxas de hospitalização. Idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, ou imunodeficiência, são mais vulneráveis aos vírus. Ao longo da vida, uma pessoa pode ter vários episódios de gripe. “Ela é uma doença séria e tem um vírus mutante. É uma evolução constante. Ele sempre começa a ficar mais forte e precisa ser combatido. As vacinas atuais contêm os antígenos purificados do vírus, sempre se atualizando”, lembra Guzzoni.
Sintomas
Conforme o Ministério da Saúde, clinicamente, a doença começa com febre, em geral acima de 38°C, seguida de dor muscular e de garganta, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas sistêmicos são muito intensos nos primeiros dias da doença. Nos adultos, o quadro clínico pode variar de intensidade. Nas crianças, a temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o aumento dos linfonodos cervicais (as famosas ínguas no pescoço) e também podem fazer parte os quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais. Nos idosos, quase sempre aparecem situações febris.