O JMais teve acesso a uma série de prints de um grupo no Whats App denominado Saúde 15 15015, referência ao a número do PMDB e da vereadora Telma Bley (PMDB), à época da conversa, em 2 de outubro, recém-eleita vereadora com o número 15015.
Na conversa, os participantes do grupo lamentam a vitória de Beto Passos. Numa frase atribuída a Claudio Mathias, diz-se “A partir de amanhã não se compra mais nada”.
Um dos participantes do grupo, identificado apenas como Telma, diz: “Quando faltar as coisas vão procurar aí tem que mandar falar com o prefeito (SIC)”. A mesma pessoa diz que “um picareta se transformou em prefeito.”
Claudio Mathias é o mesmo nome do responsável pela compra de medicamentos da Secretaria de Saúde até dezembro passado. Ele agora trabalha na farmácia básica. Mathias negou que seja dele as frases extraídas da conversa de Whats app. “Desconheço essa conversa. Tenho dois irmãos que dependem de medicamento. Como que eu não iria comprar (os medicamentos)? Jamais faria isso. A eleição terminou, mas a vida continua”, disse ao JMais.
Mathias disse que não se lembra desse grupo. “Tínhamos um grupo da saúde, mas nada tinha a ver com o 15”, garantiu.
Mathias ainda explicou que a redução na compra de medicamentos se deu porque o Estado deixou de repassar recursos ao Município. “Da União veio normalmente, mas o Estado deixou a desejar. Estouramos o orçamento antes do final do ano, mas se você pegar o relatório vai ver que não deixamos de comprar medicamentos”, afirmou.
A vereadora Telma Bley, que deixou o cargo de secretária de Saúde em abril para concorrer à Câmara de Vereadores, também negou que participasse do grupo. “Jamais escreveria algo como isso. Primeiro que o Claudio Mathias não falaria uma coisa dessas e segundo que ficaria feio para a administração passada se deixasse os pacientes sem remédios”, explicou. Para Telma, a conversa é uma montagem. Bastante indignada, ela disse, ainda, que quer descobrir o autor da fraude para que possa processá-lo.
PREFEITURA INVESTIR R$ 8 MIL EM MEDICAMENTOS DEPOIS DA ELEIÇÃO
O JMais pediu para a gestora da Secretaria de Saúde, Zenici Dreher, a relação de medicamentos comprados depois da eleição. Segundo a gestora, apenas R$ 8 mil foram investidos na compra de medicamentos depois da eleição. “Fizeram um contrato emergencial só pra resolver as questões mais urgentes”, afirmou.
Segundo Zenici, nem fraldas existiam na farmácia básica em janeiro.
PREFEITO DIZ QUE DEIXOU R$ 13 MILHÕES EM CAIXA
Apesar de Mathias alegar falta de recursos para comprar medicamentos no final do ano, em entrevista na posse de Passos, Faria afirmou que deixava R$ 13 milhões em caixa, o que depois foi contestado por Passos.
Matéria Portal Jmais