Dengue – Cuidados devem ser redobrados no período de férias

Casas, apartamentos e ambiente de trabalho devem ser detalhadamente vistoriados antes de viagens

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Atualizado há 6 anos

Monitoramento ganha reforços no período de descanso (Foto: Arquivo/JOC)
Monitoramento ganha reforços no período de descanso
(Foto: Arquivo/JOC)

O período do verão é o mais propício à proliferação do mosquito Aedes aegypti, por causa das chuvas, e consequentemente é a época de maior risco de infecção por Dengue, zika e chikungunya. Por isso, a população deve ficar atenta e redobrar os cuidados para eliminar possíveis criadouros do mosquito durante as férias. Antes de sair para a viagem de fim de ano, é essencial fazer uma vistoria em casas, apartamentos e até mesmo no ambiente de trabalho.

Qualquer lugar que possa acumular água é um potencial criadouro para as larvas do Aedes aegypti. “Se cada um fizer a sua parte, vamos eliminar as chances de o mosquito nascer e, assim, reduzir a transmissão da dengue, zika e chikungunya. Queremos manter o ritmo de queda no registro dessas doenças e ter um verão com menos casos e mortes”, destacou ministro da Saúde, Ricardo Barros.

O ciclo de reprodução do mosquito, desde o ovo à forma adulta, leva em torno de 5 a 10 dias. Por isso, mesmo em viagens de menor duração, é preciso realizar uma série de medidas simples para garantir a limpeza dos ambientes. Recipientes como baldes, garrafas, ralos, lixeiras e outros objetos devem sempre estar fechados ou virados com a boca para baixo. Nos casos dos pratos de vasos de planta, devem ser preenchidos com areia. Os vasos sanitários também devem permanecer tampados e pneus devem ser mantidos em locais cobertos.

Durante a viagem, também é preciso ficar atento ao local de hospedagem, verificando, ao chegar, se há possíveis criadouros do mosquito. Outra forma para evitar as doenças, que deve ser aliada à limpeza, é o uso de repelentes e inseticidas. É importante lembrar que o produto utilizado deve ser devidamente registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ser aplicado de acordo com as instruções do fabricante, contidas no rótulo. As gestantes devem ter cuidado especial, devido à relação do vírus zika com a ocorrência de microcefalia em bebês. Em passeios eco turísticos, o ideal é utilizar roupas que protejam o corpo contra picadas de insetos, como camisas de mangas compridas, calças, meias e sapatos fechados.

Casos

As três doenças transmitidas pelo Aedes agypti tiveram redução significativa em 2017, comparado com o mesmo período do ano passado. Até 25 de novembro, foram notificados 243.525 casos prováveis de dengue em todo o país, uma queda de 83,4% em relação ao mesmo período de 2016 (1.468.908). Com relação ao número de óbitos, também houve redução, passando de 695 mortes em 2016 para 130 em 2017.
Em relação à febre chikungunya, foram registrados 184.660 casos neste ano, queda de 32,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 274.050 casos. Neste ano, foram confirmados laboratorialmente 156 óbitos.

No mesmo período do ano passado, foram 213 mortes confirmadas. A redução do zika foi de 92%, passando de 214.727 registros em 2016 para 17.047 em 2017. Em relação às gestantes, foram registrados 2.207 casos prováveis, sendo 927 confirmados por critério clínico-epidemiológico ou laboratorial. Neste ano, foi registrado um óbito pelo vírus Zika.