Estado comemora controle da hanseníase e presta homenagem a servidores

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Atualizado há 9 anos

Hanseníase
Hanseníase

A secretaria estadual da Saúde comemorou, na terça-feira (26/05), o Dia Estadual de Controle da Hanseníase com um evento que destacou os bons índices do Paraná. A meta do Ministério da Saúde (MS), em relação à cura de novos casos de hanseníase (conhecida antigamente como lepra) é de 90%. O Paraná vem superando esses índices com média de 93% de cura. O Estado ocupa o 1º lugar no Brasil em relação ao exame dos comunicantes, examinando 92% dos casos novos. Além de apresentar os dados, o órgão homenageou 12 pessoas com trabalho destacado no combate e controle da doença, dentre elas Irene Marinhuk Steptuk, da Secretaria de Saúde de União da Vitória.

Irene realiza o acompanhamento, especificamente da hanseníase, desde o ano 2000. Também, é avaliadora de casos suspeitos existentes na região. “Estou sempre à disposição para contribuir, não apenas em União da Vitória, mas para as secretarias de Saúde dos municípios vizinhos”, ressalta. Ao mesmo tempo, Irene faz questão de dividir os méritos com o dermatologista, Ivo Petry, e os demais servidores que atuam no departamento. “O reconhecimento se deve a toda a nossa equipe.”

Apesar da queda no número de casos, a chefe da Divisão de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Julia Cordelini, lembra que não é momento para baixar a guarda contra a doença. “As ações, como as capacitações de profissionais da saúde, devem continuar, para que assim consigamos manter a baixa endemicidade em todo o Estado”, comenta.

Como tratar?

A Hanseníase tem cura. O tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS e pode ser realizado em casa, com o apoio da família. “Qualquer tipo de mancha dormente deve ser suspeita de hanseníase. Nesse caso, é importante que a pessoa vá a uma unidade de saúde para uma consulta”, explica Julia Cordelini. É uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae. Não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada.

Transmissão

A transmissão se dá pela convivência por um longo período com pessoas que são portadoras das formas contagiosas e não estão em tratamento. Nesses casos, a hanseníase pode demorar em média cinco anos para se manifestar. Por defesas naturais, mais de 90% da população não terá a doença, por mais que conviva com pessoas infectadas. Mesmo assim todos que tiverem contato com quem tem hanseníase devem ser examinados na Unidade de Saúde mais próxima.

A hanseníase afeta primordialmente a pele, mas pode afetar também os olhos, os nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos. O período de incubação é prolongado, e pode variar de dois a cinco anos para apresentar os primeiros sintomas da doença. É uma doença curável, mas se não tratada pode agravar o quadro, inclusive podem ocorrer deformações de membros. No Brasil o tratamento da enfermidade é gratuito, via medicamentos fornecidos pelo Ministério da Saúde, e está disponível em todas as unidades de saúde do Estado.

Sintomas

O primeiro e principal sintoma é o aparecimento de manchas de cor parda, pouco visíveis e com limites imprecisos. Nas áreas afetadas, o paciente apresenta perda de sensibilidade térmica, perda de pelos e ausência de transpiração. Quando o nervo da região em que se manifestou a doença é lesionado, causa dormência e perda de tônus muscular na área.

Diagnóstico

O diagnóstico da hanseníase envolve a avaliação clínica do paciente, com aplicação de testes de sensibilidade, palpação de nervos, teste de força motora, entre outros. Se o profissional desconfiar de alguma mancha ou ferida no corpo do paciente, deve proceder exame clínico.