MEDULA ÓSSEA: Cadastro é rápido, seguro e pode salvar uma vida

Banco de Sangue de União da Vitória recebe os interessados no procedimento. Na reta final do ano, doações de sangue continuam bem-vindas

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Atualizado há 5 anos

Doação de sangue é especialmente bem-vinda na reta final do ano: risco de acidentes e cirurgias nas férias exigem demanda. (Foto: Mariana Honesko).
Doação de sangue é especialmente bem-vinda na reta final do ano: risco de acidentes e cirurgias nas férias exigem demanda. (Foto: Mariana Honesko).

Uma em cem mil. A chance de um paciente encontrar um doador de medula óssea compatível é pequena. Mas, no coração de quem precisa, essa possibilidade se torna imensa, suficiente para garantir a caminhada dentro do tratamento. Por conta dessa matemática, é preciso sempre mais doadores de medula. E, qualquer um, desde que maior de idade e com boa saúde, pode ser um doador. O cadastro é feito nas unidades do Banco de Sangue, disponíveis em muitos municípios do País.

Como em União da Vitória, onde a entidade fica no centro, na rua Castro Alves, e onde todos os dias cadastra os interessados em ajudar. Conforme o bioquímico responsável pela unidade, Alessandro Savi, o cadastro é fundamental – e simples. “O cadastro pode ser realizado na unidade do Banco mediante apresentação do documento de identidade. A pessoa precisa ter no mínimo 18 anos e no máximo 59 anos de idade. Ela se cadastra e doa uma amostra de sangue. É bem simples”, explica.

O nome do cadastrado vai para um banco de doadores, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), que tem mais de quatro milhões de inscrições. Por isso, quem se cadastrou em União da Vitória, pode, por exemplo, ser compatível com alguém do outro lado do País e até do exterior. É que o Redome une hemocentros em uma grande teia de informações. “Vários municípios da nossa região já foram doadores para pacientes de outros lugares e até de outros países”, conta Savi.

Doação de sangue

Com a chegada do final de ano, a necessidade de doar sangue aumenta. É que agora, por conta das férias, muitos pacientes aproveitam para agendar cirurgias ou outros procedimentos, bem como aumentam os riscos de acidentes e intercorrências. Em várias destas situações, o sangue é essencial. “A gente sempre busca manter os estoques em dia, porque é necessário. A gente mantém os estoques e, para isso, conta com a colaboração da comunidade”, diz o bioquímico.

O Banco de Sangue de União da Vitória, que atende também Porto União e a região, estará aberto normalmente até o dia 28.

Semana Nacional

A necessidade de mais doadores motiva a realização da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. A ação é fomentada pelo Redome, em parceria com os Bancos de Sangue de todo o País. A intenção é tornar mais fácil a chance de quem precisa de um transplante encontrar um doador. Atualmente, aproximadamente 850 pessoas estão em busca de uma medula compatível no País.

A Semana, que começou no dia 14, vai até o dia 21. A data foi instituída pela Lei nº 11.930, de 22 de abril de 2009. Também conhecida como “Lei Pietro”, o documento tem como objetivo promover o esclarecimento e a conscientização sobre a doação e o transplante de medula.

Como é feito o cadastro?

Os interessados em ser um doador de medula óssea, devem procurar primeiro um hemocentro. No local, é realizado um cadastro com os dados pessoais do futuro doador e coletada uma amostra do sangue para a realização da tipagem dos glóbulos brancos (tipagem HLA). O doador permanece no registro até completar 60 anos de idade e que a convocação para realizar a doação pode demorar alguns anos ou nem chegar a acontecer.  Para encontrar um doador compatível, o médico inscreve as informações de quem precisa do transplante, incluindo o resultado do exame de histocompatibilidade – HLA (exame que identifica as características genéticas de cada indivíduo), no sistema do Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme). Após aprovação da inscrição do paciente, a busca é iniciada imediatamente.