A publicitária Ana Ritter passou por maus bocados. Com apenas 26 anos e com diagnóstico de Síndrome de Burnout, Ana sofria constantemente com quadros intensos de ansiedade e até episódios de síndrome do pânico. Mesmo com acompanhamento e tratamento médico, receitas e vários medicamentos controlados, não percebia uma mudança efetiva. “Comecei a ter problemas físicos e depois de tentar alguns tratamentos descobri que a espiritualidade influenciava muito nestas questões. Foi há mais ou menos um ano”, lembra.
Foi aí que a publicitária conheceu alguns tratamentos que unem um conjunto de técnicas de diagnóstico, cuidados com a saúde, tratamentos e intervenções terapêuticas conhecido como Medicina Complementar e Alternativa (MCA). Nesse pacote entra o Reiki, é uma prática de “imposição de mãos” e tem o objetivo de harmonizar e repor cargas energéticas do corpo. Isso porque entende-se que os seres humanos são pura energia cercados por campos magnéticos que podem influenciar no comportamento diário, seja ele emocional ou não. “O Reiki e estas técnicas de medicina alternativa nos modificam interiormente, abrem a mente e os olhos para situações que até então passavam despercebidas. Ajudam e muito no autoconhecimento e em como encaramos as situações do dia-a-dia”, explica Ana. “Acabei abandonando o tratamento no consultório médico porque obtive resultados melhores com a medicina alternativa, e claro, sem a ajuda de medicamentos fortíssimos”, conta.
Para a psicóloga Daniele Jasniewski, que acompanha a publicitária, o Reiki foi uma das melhores alternativas encontradas para o caso da Ana. “As terapias em si não possuem contraindicação, a cautela que se deve tomar é em relação à escolha do profissional que irá conduzi-lo nesse caminho de cuidado com a espiritualidade, uma vez que estamos falando de energia, a energia do profissional irá determinar a qualidade do serviço que você irá receber”, explica.
Para Luiza Winter, mestre em Reiki há mais de dez anos, o primeiro passo para começar a terapia e, justamente, a escolha do profissional. “Qualquer pessoa pode fazer o Reiki – chamados reikianos- mas como uma questão de ética até comunico aos meus alunos que estão iniciando a se cuidarem. Não façam o Reiki quando não estão bem”, comenta.
Ainda segundo Luiza, mesmo que a pessoa que irá receber o Reiki não acredite na prática, a terapia vai, sim, dar resultado. “A pessoa percebe a mudança logo quando sai”, conta. Para a mestre as pessoas deveriam procurar mais a terapia, não somente quando está numa situação complicada. “A maioria que vem está com problema de saúde, amoroso, no trabalho, ou está estressado. Mas deveriam vir antes disso acontecer, antes da situação ficar pior”, orienta.
Ainda na parte da psicologia, Daniele faz parte de um grupo bem específico de psicólogos que consegue identificar se o problema é espiritual ou não. “Sim, várias vezes ‘sugiro’ o tratamento, é sempre uma sugestão ao paciente e não uma imposição, que ele busque aproximar-se de sua fé, seja ela qual for”, comenta. “Só, destacando, que o psicoterapeuta não é credenciado a ele mesmo aplicar práticas como Reiki, passes etc. Psicólogo pode, no máximo, encaminhar para os terapeutas alternativos, mas ele mesmo em seu consultório não é permitido a praticar tais terapias”, alerta.
Ainda conforme a profissional a principal característica das práticas alternativas de cuidado com o ser, é que elas atuam em nosso corpo sutil, ou seja, nosso corpo energético/espiritual. “Existem práticas direcionadas especificamente para cada um dos diferentes eixos que compõem nosso ser: o eixo físico, o psicológico e nosso eixo espiritual. A importância das terapias alternativas, Reiki, Johrei, aromaterapia, cromoterapia, meditação, Yoga, é que elas atuam basicamente na manutenção de nosso equilíbrio energético, espiritual. Todas as práticas de terapias alternativas podem ser utilizadas concomitante aos tratamentos do corpo físico e mental”, explica. “Na realidade, o cuidado integral com nosso ser, integrando os três eixos, auxilia na conquista de resultados mais rápidos aos tratamentos de doenças já existentes, além de prevenir o aparecimento de patologias. As terapias alternativas que eu recomendo aos meus pacientes são a meditação, o Yoga, Reiki e principalmente, práticas que o coloquem em contato com sua fé em sua espiritualidade, o que vai além de religiões, e sim, espiritualidade, o cuidado com nosso corpo espiritual”, completa.
Reiki, a cura pelas mãos
Conhecido por equilibrar os centros de energia do corpo (chacras), e assim promover a cura, o Reiki é uma prática espiritual que se baseia na crença da existência da energia vital universal “Ki”, manipulável pela imposição de mãos.
A palavra Reiki significa “atmosfera misteriosa” e é uma combinação de dois caracteres japoneses – REI que significa “divino” e KI que significa “energia vital”.
O praticante de Reiki acredita poder canalizar a energia através de seus centros superiores cognitivos, irradiando-a pelas suas mãos até o receptor através da imposição das mãos na forma de duas conchas, restaurando o equilíbrio natural entre corpo, mente e espírito.
Segundo os conceitos do Reiki, esta forma de energia é inesgotável e qualquer pessoa pode acedê-la por meio de um processo de sintonização realizado por um mestre de Reiki.
Em União da Vitória um dos centros especializados nesse tipo de tratamento é Espaço União da Luz, que fica na Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto. Casas espíritas também oferecem o passe alguns dias por semana.