Secretaria da Saúde de SC reduz 45% do custo na compra de produtos alimentícios

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Atualizado há 9 anos

A Secretaria do Estado da Saúde atingiu 45% de redução no custo de apenas um item na lista de gêneros alimentícios do pregão realizado no final do mês de abril. Com isso, o Estado deixa de gastar R$ 620 mil por ano para compra desse item. A economia é resultado de novos processos de trabalho adotados pelo Núcleo de Nutrição da Gerência de Planejamento da Demanda de Bens e Serviços, responsável pela descrição e compra dos materiais de nutrição utilizados pelos Serviços de Nutrição e Dietética dos hospitais públicos de Santa Catarina.

Segundo as nutricionais Marisa Oliveira, Rafaela De Luca e Viviane Dingee, esse trabalho vem sendo feito conjuntamente entre as gerências de Planejamento e de Aquisição e Licitações. Criados há menos de um ano, os comitês de Nutrição Clínica e de Produção reúnem-se com o intuito de otimizar o portfólio das especificações atuais de dietas, fórmulas infantis e suplementos alimentares, gêneros alimentícios e outros materiais utilizados pelas unidades. Os comitês são formados pelo Núcleo de Nutrição e representantes das unidades.

O processo de aquisição dos itens de nutrição e a importância dos comitês foi tema de uma reunião para nutricionistas da rede pública, entre eles os aprovados pelo último concurso público. A reunião ocorreu na última quarta-feira, 6, no auditório da Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis.

Segundo a gerente de Planejamento da Demanda de Bens e Serviços, Karen Duarte, a ideia está dando muito certo, assim como nos núcleos de medicamentos, material para cirurgia e serviços. “Por meio dos comitês, abrimos um canal valioso de comunicação com as unidades da secretaria”, concluiu Karen.

Outro importante avanço foi a aquisição de dietas enterais – alternativa utilizada por pacientes que precisam complementar a dieta tradicional por meio de sonda – pelo sistema  fechado. Apesar de ser mais caro, o sistema fechado não exige qualquer manipulação, diminuindo os riscos de infecção e desperdício. A atuação dos comitês resultou na compra do sistema fechado pelo preço equivalente ao do sistema aberto.

As dietas enterais, por meio de sistema fechado, possibilitarão o credenciamento das unidades hospitalares da secretaria junto ao Ministério da Saúde, para o ressarcimento de até R$ 30 por dia, por paciente que utilizar esse tipo de alimentação. “A rede pública estadual possui apenas um hospital credenciado em terapia nutricional enteral, mas acreditamos que essa mudança, aliada à melhora na qualidade do atendimento, estimulem outras unidades a se mobilizarem em busca do credenciamento”, afirma o diretor de Planejamento e Gestão da Demanda de Bens e Serviços, Marcio Cassol.