A quadrilha que foi desarticulada na última segunda-feira, 10, em Bituruna tinha o objetivo de assaltar a Agência do Banco do Brasil e os correios pela movimentação na durante a 10º Festa do Vinho.
Os suspeitos, teriam conseguindo as informações através de Alessandro da Costa Gonçalves, 25, morador do município de Pinhão que teria “sondado” as agências de Bituruna para ajudar o bando.
Uma equipe do Centro de Operações Policiais Especiais, Cope, de Curitiba descobriu a ação e interceptou a quadrilha na entrada do município.
Barreiras foram montadas na PR-170 próximo ao bairro São João. Em uma dessas barreiras, um veículo Corolla preto não obedeceu a ordem de parada, avançou na equipe policial disparando vários tiros.
A polícia revidou e na fuga o veículo derrapou em uma curva, bateu em algumas árvores e os suspeitos então, fugiram a pé em direção a mata.
Neste momento, Izaias Bueno da Silva, de 33 anos um dos suspeitos foi alvejado no abdômen e pernas e foi preso. Com ele, a polícia apreendeu uma pistola nove milímetros e uma escopeta calibre 12.
As buscas pelos outros envolvidos continuaram e durante a noite as equipes localizaram Héber Moises da Silva, de 30 anos, que estava baleado nas nádegas e pernas, e portava uma escopeta calibre 12.
Na mesma noite, localizaram o corpo de Leandro Florêncio dos Santos, de 28 anos já em óbito. Leandro estava vestindo um colete balístico e ao seu lado foi encontrado em uma folha de papel uma oração escrita à mão pela companheira dele, na qual, ela pedia, proteção divina para que as forças policiais não intervissem no assalto.
Além dos suspeitos presos, a polícia apreendeu as armas, dois coletes balísticos, três tocas balaclava, diversos estojos nove milímetros, um fuzil 5.56, três carros usados pelos suspeitos – um Corolla preto, um Monza prata e um Gol branco, e cerca de dez quilos de miguelitos – pregos entrelaçados utilizados para furar pneus.
De acordo com o delegado Rodrigo Brown, do Cope de Curitiba, no veículo Monza apreendido, a equipe encontrou vários pães e salames, pois a ideia do grupo era pernoitar pelo menos uns cinco dias na mata com o auxílio de barracas para despistar a polícia.
O trio preso foi autuado pelos crimes de organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio contra os policiais.
Segundo o delegado, a ação da polícia poderia prender todos os suspeitos. Mas foi decisão da equipe fazer a abordagem fora da área central. “Se tivéssemos esperado eles agirem, talvez tivéssemos prendido todos, mas pessoas inocentes poderiam ser feitas como reféns e sofrer na mão dos bandidos. Então, evitamos isso”, garantiu o delegado.
A polícia segue nas buscas pelos outros três suspeitos. João Evangelista da Silva “Tito”, Heraldo Miguel Pinheiro “Paiol” e Valdeir Ferreira da Silva “Parcerinho”.
Fotos: Divulgação Policia
