Efetivo militar ganha reforço

Formatura sela entrada de outros 30 policiais militares na região de União da Vitória. Na nova turma, mulheres representam 20% do contingente

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Atualizado há 10 anos

Por Mariana Honesko

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Trinta novos militares integram o efetivo na região: formatura encerra dez meses de estudo e dedicação. (Foto: Marina Honesko).

O clima era de festa. Não podia ser diferente: foram dez meses de trabalho, estudo e dedicação integral. Ontem, portanto, a formatura teve os tons da conquista. A partir desta sexta-feira, oficialmente, novos 30 soldados passaram a integrar a companhia Heróis do Contestado, de União da Vitória.

Conforme o comando local, os militares seguem na companhia para mais uma fase. Depois, vão preencher lacunas na cobertura em segurança pública dos municípios vizinhos.

O efetivo recém-formado representa o acréscimo militar de 20% em União da Vitória. No Paraná, outros dois mil militares também encerraram nesta semana o período de treinamento e passam, de fato, a integrar de maneira oficial outros batalhões. “A população vai sentir a diferença. Acredito que a comunidade vai receber bem a Polícia”, diz o comandante do quartel no município, capitão Gilmar Golemba.

De maneira prática, o novo policiamento promete o contato mais próximo com o público, focado especialmente no trabalho à campo, nas ruas. Projetos envolvendo o policiamento de bairros também devem reforçar a estratégia de redução de índices criminais.

Estreia

Pela primeira vez, o curso de formação foi realizado em União da Vitória. Por isso, soldados da região, mas também de outras cidades brasileiras, estiveram juntos, trabalhando e trocando conhecimento. “Temos policiais de vários locais e eles repassaram novidades para nós e nós para eles. Foi uma troca de informações, uma nova sensação, com diferenças que só somam”, avalia o comandante.

Elas usam batom

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Mulheres representam 20% do novo efetivo em União da Vitória

A participação das mulheres na nova “safra” militar representa 20% da turma. São policiais jovens, de sorriso fácil e pulso firme. “É um direito delas que já deveria ser conquistado há muito tempo. Não é só pela simpatia ou pela situação de não constranger. É pela afinidade com crianças, outras mulheres e até nas situações de vulto, elas são mais sensíveis. Para nós é algo novo que demonstra uma Polícia Militar mais integrada, que não tem gênero”, destaca o capitão Golemba.

Para “elas”, integrar uma companhia encerra o sonho de integração militar, cultivado, na maioria das histórias, desde a infância. “Acho que o sentimento é de conquista. Foram dez meses de esforço e dedicação. É um dia de grande comemoração”, sorri a soldado Bárbara. “É um sonho estar na Polícia. É uma profissão onde você se entrega totalmente”, compartilha a soldado Eliane.

Participação feminina na Polícia

O assunto, cheio de charme e simpatia, foi publicado em matéria especial ainda neste mês. Conforme apurou a reportagem na ocasião, as Cidades Irmãs reúnem 17 mulheres.