Exame de DNA confirma que ossada é de Solange Vitek

Polícia ainda não tem a confirmação se segundo corpo encontrado em Cruz Machado é o de Camile Loures de Chagas

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Atualizado há 7 anos

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Solange Vitek

Parte do caso envolvendo duas menores assassinadas em Cruz Machado foi resolvida no sábado, 22, com a confirmação, depois do resultado de um teste de DNA. Uma das ossadas pertence a Solange Vitek, de 16 anos. O resultado teria chegado às mãos da Polícia Civil de União da Vitória no sábado. O segundo exame, que poderá identificar a ossada de Camile Loures da Chagas, ainda é aguardado pela Polícia de União da Vitória.

No dia 22 de agosto o caso do desaparecimento das duas adolescentes foi elucidado pela Polícia Civil, com a confissão do vizinho de uma das vítimas, de que teria assassinado a sangue frio Camile Loures das Chagas, de 13 anos, e Solange Vitek. O assassino confesso tem 17 anos e se declarou apaixonado pela adolescente Camile.

A morte de Camile foi descrita pelo autor do crime como sendo motivada por amor e ódio. Ele contou à Polícia que gostava de Camile. Como a menina rechaçava as suas “investidas” o menor disse que se sentiu humilhado o que teria provocado sua ira. Com ódio, premeditou a morte de Camile. Ele abordou ela no dia do seu desaparecimento, a conduziu, armado de uma faca, por carreiros de difícil acesso por 35 minutos e a matou por asfixia.

A Polícia disse que a calça da adolescente estava do lado avesso. A ossada, supostamente de Camile (falta ainda a confirmação do laudo do exame de DNA) estava com o sutiã. O autor nega ter mantido relações sexuais com a vítima. Segundo o depoimento do menor, Camile foi morta por estrangulamento com uma chave de braço.

Já a morte de Solange Vitek foi para acobertar o primeiro crime. De acordo com o depoimento do autor, ele desconfiava que Solange “sabia demais”. Ele contou às autoridades policiais e judiciárias que Solange teria afirmado que sabia que ele (o autor) teria feito algo de ruim com Camile. Foi a sentença de morte da adolescente.

Da mesma forma, o menor abordou Solange próximo ao ponto de ônibus por volta de 6h30 daquela manhã e a levou para a morte. Segundo o depoimento, Solange foi estrangulada com a própria calça. Depois dos dois crimes, o autor levou uma vida normal, até arranjou uma namorada. Ele se tornou suspeito por ter caído em contradição em conversa informal com a Polícia. Segundo o delegado chefe da 4ª SDP, Douglas de Possebon e Freitas, o menor não era considerado suspeito até ser confrontado pela Polícia, quando confessou os crimes.

Menor condenado

O adolescente responsável pela morte das duas menores foi condenado e está internado no Centro de Socieducação (Cense) de Laranjeiras do Sul, na região central do Paraná. Segundo as investigações que terminaram na prisão e condenação do rapaz, os três estudavam na mesma escola. De acordo com a direção, o adolescente sempre estudou no mesmo lugar, mas nunca na mesma sala das amigas assassinadas. Ele reprovou alguns anos e estava na 8ª série. Em outubro do ano passado, abandonou os estudos.

Relembre os casos

Nove meses atrás a adolescente Camile desapareceu sem deixar rastros. A jovem sumiu no dia 15 de dezembro do ano passado, quando retornava para casa depois de visitar uma amiga, cerca de 800 metros de sua casa.

O segundo desaparecimento foi o da jovem Solange, de 16 anos, por volta de 6h40 do dia 25 de março deste ano, quando ela saiu para esperar o ônibus escolar num ponto localizado a cerca de 300 metros de sua casa. Como não voltou para a casa, a mãe chegou a ir até a escola perguntar pela estudante.