O delegado Flavio Lima e Silva Jr ouviu nesta segunda-feira, 5, pais, parentes e amigos de Alexandre Gogola, 34 anos, e Ana Haack, 31 anos, encontrados mortos na tarde de sábado, 3, dentro de casa no bairro Piedade, em Canoinhas.
Segundo as testemunhas, o casal vivia aparentemente bem e nunca brigou publicamente. Na Delegacia não há nenhuma ocorrência de violência doméstica registrada envolvendo os dois. O delegado questionou as testemunhas sobre a possibilidade de ter havido traição ou alguma tentativa de separação e todos disseram nunca ter ouvido nada a respeito.
Silva disse que não descarta nenhuma possibilidade, mas considerando que a casa estava trancada e sem nenhum sinal de arrombamento predomina a tese de crime passional com homicídio seguido de suicídio.
Os corpos foram submetidos a exame e em breve o Instituto Geral de Perícias deve emitir laudo. Ana recebeu três tiros – dois na cabeça e um no tórax. Já Alexandre apresentava um só tiro no tórax, que atingiu um dos pulmões e o coração.
O delegado segue ouvindo depoimentos nesta terça-feira, 6.
OITO ANOS DE CASAMENTO
Segundo familiares, o casal vivia junto há oito anos e não tinha filhos. Os dois trabalhavam fora. Um tio de Ana, ouvido pelo JMais, disse que ouviu rumores de que ela pretendia se separar dele e que os dois brigavam constantemente, mas não pode afirmar isso porque nunca testemunhou nada. “Nem os pais dela sabem direito o que estava acontecendo”, garante. Ele disse, inclusive, que Alexandre teria ameaçado Ana caso ela cumprisse a promessa de se separar dele. “Mas eram só rumores”, afirma.
Sem velório, os corpos foram sepultados no domingo, 5, pela manhã considerando o avançado estado de putrefação.
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