Marido confessa a Polícia que matou Terezinha Moraes Soave

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Atualizado há 8 anos

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Terezinha Moraes Soave. (Foto: Reprodução Facebook).

Terminou o mistério do sumiço da dona de casa Terezinha Moraes Soave, 62 anos, que estava desaparecida de Balneário Piçarras desde 29 de março. O corpo foi encontrado na semana passada, mas só na noite de terça-feira Terezinha foi reconhecida pela família. Na tarde de ontem, o marido dela, Maximino Vicenci, 43, confessou o crime. Ele, que é ex-padre, afirma que matou a mulher depois de uma briga.

O corpo de Terezinha foi encontrado às margens da rodovia SC-418, em Pirabeiraba, distrito de Joinville, estrada que dá acesso a serra Dona Francisca, no dia 30 de março. Ela estava nua e tinha sinais de sufocamento no pescoço.

O marido, que registrou o desaparecimento na polícia Civil, contou a história que Terezinha sumiu de casa na tarde do dia 29, com duas malas e remédios que tomava para a depressão. Ela morava há dois anos em Balneário Piçarras, mas a família é toda do interior de São Paulo e estava desesperada atrás dela.

O delegado Wilson Masson começou a investigar o caso. Ele interrogou o marido duas vezes, mas ele sempre negava envolvimento com o crime. Ontem à tarde, após a família ter liberado o corpo no IML, o delegado o interrogou novamente e, enfim, o cara confessou que matou a mulher.

Segundo a versão do marido, há três meses o casal começou a brigar com frequência. Maximino é cabeleireiro na cidade, ex-padre e bastante ligado à religião católica. Terezinha estaria interessada por uma seita espírita, que o marido considerava demoníaca. Desde então, teriam começado a brigar.

No dia 29, houve uma discussão grave entre o casal. Ainda segundo o que conta o marido, a mulher teria tentado agredi-lo, e ele teria empurrado a vítima. Na queda, Terezinha teria ferido a cabeça com um prendedor de cabelo.

Segundo ele, a mulher teria começado a bater e morder o marido. Maximino diz que ficou com muita raiva e teria sufocado a mulher até a morte. Ele teria deixado o corpo escondido em casa durante toda a noite. Na manhã seguinte, despiu a mulher e a levou de carro até às margens da SC 418.

Maximino também registrou o desaparecimento da mulher na delegacia. Ele espalhou cartazes com a foto de Terezinha pela cidade, afirmando que ela estava desaparecida. Segundo o delegado Wilson Masson, ele se mostrou bastante arrependido e chorou muito.

Maximino confessou o crime e foi liberado em seguida pelo delegado Masson. “Ele se apresentou, contou a história com detalhes. Como tem residência fixa, não tem antecedentes criminais, não vi necessidade de pedir a preventiva,” explicou o delegado. Mesmo em liberdade, Maximino responderá pelos crimes de assassinato, ocultação de cadáver e falsa comunicação de crime à polícia.

A polícia Civil fará hoje uma perícia na casa do casal para confirmar toda a versão do ex-padre. O corpo de Terezinha foi levado pela família para ser enterrado em São Paulo. Maximino chegou a atuar como padre em União da Vitória (Paraná), mas abandonou a batina. Há três anos era casado com Terezinha. Ele é dono de um salão de beleza que funciona ao lado da casa do casal.

Matéria da Rádio Aquarela FM