Novo golpe chega e usa discurso feminista para enganar

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Atualizado há 7 anos

O esquema criminoso da “mandala da prosperidade”, uma espécie de pirâmide financeira proibida no Brasil, está fazendo várias vítimas em Caçador e região. Segundo denúncias feitas ao Portal Caçador Online, o golpe está atraindo várias mulheres, cujo esquema vem sendo coordenado na cidade de Videira.

O sistema tem características da tradicional pirâmide, mas difere por promete prosperidade às mulheres e mistura espiritualidade e empoderamento feminino para convencer. O golpe diz “multiplicar” o dinheiro das participantes prometendo gerar até R$ 100 mil em apenas três meses.

A nossa reportagem conversou com a polícia e algumas vítimas do golpe, que não serão identificadas para a segurança delas. Segundo o que foi apurado, é preciso doar R$ 5 mil para a tal da Irmã maior para receber R$ 100 mil em menos de três meses. Começou com algumas mulheres são de Videira, que estão na mandala e são as primeiras a receber. Elas fazem reunião três vezes por semana.

“Você tem que ir atrás de mais duas mulheres para entrar na mandala, aí quando completa as 8, a irmã maior que está no meio recebe esta doação das que estão entrando e assim continua. É tipo uma teia de aranha. Mas se uma das mulheres não conseguir duas mulheres, a mandala fica parada até conseguir”, diz uma das vítimas.

Várias vítimas estão sendo lesadas

De acordo com uma testemunha ouvida pela nossa reportagem, várias mulheres estão entrando no golpe da pirâmide financeira e ficando endividadas.

“Está uma loucura. Tem bastante mulheres que estão fazendo empréstimos, uma até falou que trocou cheque em agiota. Elas dizem ser maravilhoso, que vão realizar sonhos, e tem bastante mulheres que estão entrando. Para elas tudo é maravilho, porque estão desinformadas. Elas não vão atrás para saber se é verdade ou não”, disse.

Erro grotesco gerou desconfiança

Uma das vítimas descobriu o golpe após receber do grupo a imagem de uma notícia supostamente veiculada no site do G1 do Acre onde informava que a “mandala da prosperidade” foi legalizada no Brasil. Ela teria acreditado, não fosse pelo erro grotesco no título que continha a palavra “frebe” ao invés de febre.

A vítima conseguiu contato com o jornalista que “assinou” a reportagem e descobriu que ele nunca fez a tal matéria, que era manipulação. O jornalista respondeu que a página era falsa, e depois publicou um esclarecimento na sua página do Facebook.