O Paraná tem o segundo menor litoral do Brasil em extensão com sete municípios e população de 260 mil pessoas. Mas quando chega o verão… É como se uma tsunami de pessoas invadisse os balneários em busca de lazer e sossego.
Logo depois do ano novo, os números da Operação Verão, ação do Governo do Paraná que se encerrou na quarta-feira passada (10), davam uma ideia da dimensão do que viria pela frente: dos dias 23 de dezembro a 3 de janeiro o espaço foi invadido por 2 milhões de pessoas. Calcula-se que o dobro esteve por lá durante as férias.
Certamente a maioria sentiu que houve uma melhora acentuada na estrutura que encontrou à beira-mar, a começar pela fundamental disponibilidde de água tratada, coisa que no passado era uma dor de cabeça, e no tratamento do esgoto, refletido nas condições do mar para os banhos.
Em dezembro passado, no Palácio Iguaçu, os governos do Paraná e o Federal viabilizaram obras de saneamento no valor de R$ 252 milhões. Elas já começaram, seguem até 2019 e vão atender a população de Matinhos e Pontal do Paraná. Com isso, a coleta e tratamento de esgoto chegará a 85% e 75% destas cidades, respectivamente.
“Desde que assumi o governo, o projeto sempre foi o de mudar a estrutura dos municípios para melhor atender os moradores fixos e os do verão e os investimentos feitos, mais os do novo projeto, se refletem na balneabilidade”, disse o governador Beto Richa. “O Litoral terá em breve índices superiores à média nacional e próximos aos países do primeiro mundo”.
O IAP comprovou isso no levantamento que fez em 47 pontos do litoral sobre a qualidade da água do mar para banho neste verão. O máximo de pontos proibidos para banho foi detectado na segunda semana da Operação Verão: 3. Na temporada 2011/2012 a proibição chegou a 23 locais.
De nada adiantaria ter água limpa para mergulho se não houvesse garantia de segurança na região. Cerca de três mil policiais participaram da Operação Verão. O comando da PM considerou o período “tranquilo e positivo”. Houve diminuição no atendimento de chamados por perturbação do sossego (476) e notificações de trânsito (3.601). Ao mesmo tempo, a Polícia Civil verificou e prendeu 300 pessoas das 700 que foram detidas.
O Corpo de Bombeiros fez 800 salvamentos, mas 8 pessoas morreram por afogamento, sinal de que ainda é preciso haver mais cuidado por parte dos banhistas. Estes, aliás, elogiaram bastante a distribuição de pulserinhas para identificação das crianças para facilitar a localização quando, por descuido, se perderam dos pais na praia.
As férias, pelo balanço apresentado, foram bem curtidas. Quem participou para torná-las assim para os veranistas agora começa a estudar o que ainda pode ser melhorado para a temporada 2016/17. Porque, com certeza – e até por isso, mais gente vai descer a serra para invadir o pequeno litoral.