Operação Carnaval apreende grande quantidade de material de pesca predatória

Equipes do IAP e Ibama realizaram as apreensões durante todo o final de semana

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Atualizado há 8 anos

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(Foto: Ricardo Silveira).

Em ação conjunta entre as equipes dos escritórios regionais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), uma grande quantidade de material de pesca predatória foi apreendida neste final de semana no Rio Iguaçu, durante a Operação Carnaval.

Os envolvidos infringiram o período da Piracema, que é favorável para a reprodução de diversas espécies, com a subida dos cardumes às cabeceiras dos rios, terminando com a desova.

Com isso, é um período onde as espécies precisam ser preservadas e a atividade de pesca necessita de uma temporada de restrições.

A Operação

Toda a ação contou ainda com o apoio da Polícia Militar de União da Vitória, teve início na madrugada de sábado, 6, em São Mateus do Sul e terminou a meia-noite de terça-feira, 9.

As equipes de fiscalização atuaram nas represas de Foz do Areia, Segredo e ainda foram efetuadas blitz nos municípios de Porto Vitória e Cruz Machado.

Foram apreendidos quatro motores, dois barcos, uma caminhonete Chevrolet S-10, pouco mais de 800 quilos de peixes e mais de 2,3 mil metros de rede.

Ainda foram lavrados seis autos de infração, sendo notificadas cinco pessoas, que nos próximos dias terão que se apresentar nos escritórios do IAP ou Ibama para prestar esclarecimentos.

Segundo o chefe do Ibama de União da Vitória, Arty Coelho de Souza Fleck, os envolvidos serão penalizados. “Os notificados recebem uma multa e todos os envolvidos estarão respondendo a um processo criminal na justiça”, afirmou.

Os peixes apreendidos serão doados para diversas instituições de caridade, desde que estejam em condições de consumo.

De acordo com o chefe do IAP de União da Vitória, André Aleixo, a população precisa ter consciência das permissões e restrições para a pesca. “É muito importante que toda a população tenha a consciência ecológica, e procurar as informações do que é ou não permitido, pois vamos continuar realizando esse tipo de fiscalização”, enfatizou.

 

Período da Piracema

A pesca embarcada fica proibida: nas lagoas marginais; a menos de 500 metros de confluências e desembocaduras de rios e lagoas, canais e tubulações de esgoto; até 1.500 metros a montante e a jusante das barragens de reservatórios de usinas hidrelétricas, cachoeiras e corredeiras; nos rios Tibagi, Pirapó, das Cinzas e rio Laranjinha, Arroio Guaçu, Piquiri, Ivaí, Ocoí, São Francisco Falso, São Francisco Verdadeiro, Chopim, São Bento e em seus afluentes; no entorno ou zona de amortecimento de unidades de conservação, respeitando o raio de 10 km ao redor desta ou a distância do entorno estabelecida pela Plano de Manejo da Unidade de Conservação.

A pesca fica permitida, sem limite de cotas, somente para espécies não nativas, como: apaiari (Astronotus ocelatus); bagre-africano (Clariassp.); black-bass (Micropterus sp.); carpa (todas as espécies); corvina ou pescada-do-Piauí (Plagioscion squamosissimus); peixe-rei (Odontesthis sp.); piranha preta (Serrassalmus rombeus); tilápias (Oreochromis spp. e Tilapia spp.), tucunaré (Cichla spp.); Acara, Cara ou zoiudo (Geophagus surinamensis e Geophagus proximus).

Ela só pode ser realizada com o emprego dos seguintes aparelhos:

  1. a) linha de mão
  2. b) caniço
  3. c) vara com molinete ou carretilha
  4. d) iscas naturais e artificiais

* Fonte: IAP

Fotos: Ricardo Silveira