A estória é quase inacreditável. Um empresário procurou o Ministério Público de Porto União e o Fórum da Comarca, pedindo autorização para consertar o trecho mais crítico da SC 135, em Porto União. Se isso já soa inusitado, a resposta que ele recebeu é mais incrível ainda: não, ele não pode consertar o trecho sob pena de ser processado pelo Deinfra/SC. Foi com sentimento entre tristeza e indignação que o empresário Gilmar Rossa saiu da inusitada experiência.
Dono de uma fábrica de maravalha, uma espécie de serragem grossa, Rossa disse que pagaria com o dinheiro da sua empresa. O problema, segundo o empresário é no KM 3, onde o asfalto foi retirado e o trecho ficou intransitável. O MP de Porto União informou que uma Ação Civil Pública está em fase final de tramitação na justiça da comarca: logo o jeito é esperar a decisão judicial.
Comunidade pede socorro à Salvatti
Rossa diz que vai bater às portas da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR), em Canoinhas. Ele considera positivo que o comando da ADR passe para Porto União. O ex-vice-prefeito de Porto União, Aloísio Salvatti (PMDB) tomou posse no cargo no final da tarde desta quinta, 12. Salvatti foi, durante a gestão municipal que terminou em dezembro, o maior crítico da situação da rodovia. “Ele pode ajudar agora, já que até agora o governo não se mexeu para recuperar o trecho de Matos Costa e Porto união”, disse o empresário. Emergencialmente, Rossa sugere o conserto do trecho do KM 3 e uma nova operação tapa buracos, mas se mostrou cético quanto a revitalização total da rodovia. “Custa muito dinheiro. Se para liberar dinheiro para uma operação paliativa já é uma suplicio, não creio que o governo coloque milhões de reais para acertar o traçado da ‘Curva do Tomate’ e um novo asfaltamento da nossa estrada”, reclama.
O empresário disse ainda que vai esperar a posse e cobrar em nome dos usuários, moradores, feirantes e produtores rurais, que pelo menos, ainda que com remendos, se melhore as condições de trafegabilidade da rodovia.
Fotos: Lu Calistro
