SEIS MESES: Caso Schumann aguarda exames e laudos

Assassinato de dentista completa seis meses dia 12

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Atualizado há 5 anos

O caso do Dentista assassinado em União da Vitória continua sem solução
O caso do Dentista assassinado em União da Vitória continua sem solução

Há uma semana de completar seis meses, a morte do dentista de União da Vitória, Gilberto Schumann, está longe de ser elucidada e as duas principais perguntas sobre o caso ainda não foram respondidas: quem matou Schumann e qual a motivação do crime? Dois dos inquilinos do hotel, transformado em pensão informal, chegaram a ser presos temporariamente, suspeitos de ter orquestrado a morte de Schumann. No entanto, nenhum deles assumiu a autoria dos fatos. Não houve nem a prorrogação da prisão temporária do principal suspeito do crime.

O inquérito policial civil que investiga a morte do dentista ainda não foi concluído pela autoridade de União da Vitória (4ª SDP). Os dois suspeitos de envolvimento na morte do dentista e de atear fogo no antigo Hotel Neumann para ocultar o cadáver tem contra eles evidências, provas circunstanciais, mas nunca confessaram o crime. Um deles foi descartado de autoria do crime pela investigação. O outro, que apresentava lesões depois do incêndio, que podem indicar luta corporal entre ele e a vítima, passou a ser o principal suspeito.

O delegado-adjunto da 4ª SDP, Rafael dos Santos Pereira, que comandava as investigações, deixou o caso no final de julho. Conforme Pereira, os dois homens presos moravam no local e tinham relação direta com a vítima. O incêndio criminoso aconteceu no dia 12 de junho, na Rua Dr. Cruz Machado, 597, no centro de União da Vitória, e consumiu rapidamente a construção antiga em madeira. O corpo do dentista foi encontrado no local, carbonizado. Com a saída de Pereira, quem assumiu as investigações desde então foi a delegada Sandra Vasconcelos.

Materialização das provas

O homem apontado como principal suspeito teve sua prisão temporária decretada pela justiça a pedido do delegado Rafael porque entrou em contradição a cada depoimento dado à polícia, inclusive omitindo informações. A polícia esperava uma confissão do crime, mas isso até agora não aconteceu. Já se sabe, no entanto, que o crime foi um latrocínio, quando há roubo seguido de morte, e a especulação sobre envolvimento com drogas foi descartada. Enquanto a família espera a conclusão do inquérito, a autoridade policial busca materializar as provas para incriminar ou descartar a participação ou autoria do suspeito que esteve preso.

Ainda faltam exames, como o de DNA, e Laudos Periciais, que podem ajudar na produção de provas contra o suspeito. O corpo do dentista foi reconhecido pela arcada dentária pela família. Por falta de documentos, o processo não foi relatado e nem enviado à justiça, e isso não tem prazo para acontecer. A agonia da família também continua.

Relembre o caso

O antigo Hotel Neumann, centro de União da Vitória, ficou destruído após um incêndio no fim da tarde do dia 12 de junho. Uma grande cortina de fumaça se formou, sendo vista de muito longe. Caminhões do Corpo de Bombeiros de União da Vitória e Porto União foram até o local para tentar controlar as chamas. Por pouco, o fogo não se alastrou para o hospital APMI, que fica ao lado. O fogo tomou conta da parte superior do prédio que era de madeira. Equipes da Policia Militar de União da Vitória se mobilizaram para controlar o trânsito que ficou intenso no período do incêndio. Eram inúmeros veículos circulando para ver o que estava acontecendo, além de pessoas pelas calçadas. O Instituto Médico Legal (IML) de União da Vitória confirmou, na manhã do dia seguinte, que um corpo foi localizado no incêndio e que era Gilberto G. Schumann, 53 anos.