
Da AERP
Antes da pandemia, pelo menos 3,8 milhões de brasileiros já atuavam em home office, segundo dados do IBGE de 2018. Em 2020, o Brasil chegou a ter quase 9 milhões de pessoas trabalhando nesse modelo. Apesar do distanciamento e das mudanças na dinâmica de trabalho, o assédio moral encontrou novas formas de se fazer presente, conforme a professora Dinamara Machado, doutora em Educação e diretora de uma Escola Superior de Educação.
O assédio moral se caracteriza quando um funcionário é exposto repetitivamente a situações humilhantes ou constrangedoras durante o trabalho. Algo que não necessariamente vem da chefia, e pode acontecer inclusive entre colegas de mesmo nível hierárquico. Sobrecarregar um funcionário de tarefas; isolar o colaborador, impedindo sua sociabilidade e seu crescimento na empresa; desmerecer o trabalho e espalhar rumores; vigiar excessivamente; todas essas são situações de assédio moral.
Atualmente novas estruturas organizacionais tem o objetivo de evitar este tipo de comportamento, é o caso do compliance, canais de denúncia, apoio jurídico e psicológio, um RH preparado para estes desafios são fundamentais nesse processo. Porém, a professora reforça que para além destas estruturas, é preciso uma mudança de comportamento institucional.