Previsão é pela conclusão do anel central até dezembro

Embora causando transtornos, intervenção nas calçadas da Manoel Ribas propõe avanços na mobilidade. Ação conta com recursos Federal e Municipal

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Atualizado há 10 anos

Por Mariana Honesko

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(Fotos: Mariana Honesko).

No coração urbano de União da Vitória, uma obra extensa, que promove a acessibilidade. Segundo a prefeitura, parte da intervenção em toda a Avenida Manoel Ribas, deve ser concluída até dezembro. A proposta é “entregar” o projeto pronto até o Natal, onde as obras se completam a partir de sua união à decoração da data e abertura das lojas até mais tarde.

Apenas em paver o investimento é de R$ 598 mil, dos cofres federais. A prefeitura, por sua vez, aplica recursos próprios no “acabamento” da obra. São eles: a compra de novas lixeiras, câmeras de segurança em toda a avenida e arborização. Conforme a administração, estima-se que esta é a maior obra de mobilidade e acessibilidade já aplicada na cidade.

Entenda o que é feito

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Trânsito segue em meia pista na Manoel Ribas

Conforme o projeto da prefeitura, as obras de acessibilidade atendem, neste primeiro momento, toda a extensão da Manoel Ribas, desde sua divisa com Porto União – nos trilhos, na Rua Matos Costa – até a Ponte dos Arcos, na outra ponta. A estrutura, inclusive, ganhou ajustes e pintura nova, ambos executados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit). A ponte será iluminada e, para esta ação, terá suporte municipal.

Na Manoel Ribas, as obras envolvem a substituição do calçamento em petit pavê pelo paver e piso tátil, para a “leitura” dos cegos. A execução ocorre nos dois lados da via e conta com apoio de duas equipes de trabalhadores: enquanto uma fica no lado de cima da avenida, outra sobe, à meia quadra de distância ou pouco mais, ao encontro da primeira.

Desconforto

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Desconfortos ocorrem mas são inevitáveis durante a execução das obras

Embora com resultados importantes, as obras de intervenção na Manoel Ribas são pivôs de uma série de transtornos. Na prática, não há como fugir e vale lembrar do velho ditado: para fazer um omelete, é preciso quebrar os ovos.

Assim, motoristas, pedestres e lojistas vão se adaptando. Nesta semana, contudo, vários “quase” transformaram-se em acidentes reais. A obra está concentrada na movimentada fachada do Supermercado Glória e, ao que parece, tem dado mais trabalho aos usuários do trecho do que quando esteve focada na estreita Canaleta. Até o final da tarde de ontem, apenas meia pista estava liberada, o que gerou impasse no fluxo e limitou a mobilidade de motociclistas e ciclistas.

No comércio, a retirada do petit pave exigiu a colocação de plataformas de madeira para os clientes e, em alguns casos, a manutenção das portas fechadas, ainda que em funcionamento, por conta do excesso de poeira.

Bairro São Pedro, em Porto União, “acertou o passo”

manoelribas-obras-uniaodavitoria4As cunhadas Terezinha e Carlota Wolff, moradoras do Bairro São Pedro, em Porto União, estão contentes com o efeito que a nova calçada proporciona. Por lá, a intervenção, já concluída, é idêntica a que ocorre na Manoel Ribas. “Ficou ótimo. Antes era tudo sem nível, difícil de andar”, afirma Carlota, dona de uma casa de cor verde, no início da Avenida João Pessoa, onde a intervenção ocorreu. “Meu marido, que não tem uma das pernas, tinha muita dificuldade. Agora, está tudo muito mais fácil”, completa a cunhada, Terezinha. Para o comércio da João Pessoa, a obra é sinônimo de valorização. “O pessoal tropeçava muito e com a obra, isso acabou. Esse é um dinheiro do governo que valeu a pena ter sido investido”, avalia o casal de uma casa de comércio popular, Ana e Alcionei Pires.

Conforme informações disponíveis no site da prefeitura de Porto União, a obra que padronizou os passeios públicos, envolveram ações de controle de tráfego. Elas foram concentradas em toda a Avenida João Pessoa, desde a Avenida dos Ferroviários – a Perimetral – e a Rua Industrial Miguel Francisco Forte. A obra é estadual e custou quase R$ 400 mil em mais de 3,5 mil metros quadrados.