O futebol amador em Porto União da Vitória, nossos estádios e o nascimento do Iguaçu

Futebol é símbolo de paixão, vibração e muita alegria. É um esporte que leva multidões, pelo mundo afora, ao delírio.

Aqui em nossa cidades – e região – esta paixão não se limita apenas aos grandes clubes profissionais, como Flamengo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Grêmio, Internacional, Athletico, mas também às equipes de futebol amador que ainda existem, principalmente nos nossos bairros, interior e cidades em nosso entorno.

O futebol revela talentos, descobre valores, exerce um importante papel de integração social, de confraternização e até de aproximação dos excluídos.


A importância do futebol amador

Nos anos 40, 50, 60, 70 e 80, o futebol amador teve uma grande importância em Porto União da Vitória.

Imagem retratada grandes jogadores de futebol do vale do iguaçu nos anos 70

Na foto, de 1970, uma equipe mista, com os principais craques amadores da década de 70, que disputou partida amistosa com o Operário (Ponta Grossa) no campo de Ferroviário: Beto, Chavalla, Mauro, Sérgio Ney (viceprefeito de Porto União), Walmor, Ferreira, Rotta, Farias, Chilla, Luísinho e Garrincha. Foto: Acervo Ivo Dolinski


Nossos estádios

Estádio Municipal de Porto União (construído na década de 40 pelo interventor Mário Fernandes Guedes, ocupando uma área de com mais de 40 mil metros quadrados, provavelmente maior que o ocupado pelo Maracanã); Estádio do Ferroviário (propriedade da Associação dos Ferroviários); Estádio Bernardo Stamm (mantido pela poderosa empresa Bernardo Stamm); e Estádio Antiocho Pereira, mantido pelo União Esporte Clube.


Módulo Esportivo de Porto União

O Estádio Municipal de Porto União tem atualmente toda sua área ocupada pela UnC, Secretaria Municipal da Saúde, Delegacia de Polícia e Subseção da OAB. Porto União conta, em boas condições, com o Módulo Esportivo Armando Sarti, no Bairro Santa Rosa. O do São Bernardo não existe mais, ocupado em parte pela estação de tratamento do esgoto sanitário da Sanepar. O do Ferroviário, que foi palco de alguns dos principais dos jogos profissionais da Associação Atlética Iguaçu, tem uma situação indefinida. O Antiocho Pereira foi encampado (comprado) pela prefeitura de União da Vitória e atualmente está na relação das grandes estruturas de futebol do Paraná.


Nossas equipes do futebol amador

Equipes que se destacavam: Avahi, Ferroviário (que chegou a ser campeão da Taça Paraná, principal competição de futebol amador do Estado), Juventus, São Bernardo, Tamandaré, União, São Bento, Villagran Cabritta (cujo berço era o 5º Batalhão de Engenharia de Combate), além de outros, de Porto Vitória, São Mateus do Sul e outros municípios da região.


A LERI (Liga Esportiva Regional Iguaçu)

Durante anos, Otto Conrado Grube e Dorival Portes (ambos de saudosa memória), foram dois grandes dirigentes – da LERI e antes uma de Porto União – responsáveis pelo sucesso do futebol amador.


O surgimento da Associação Atlética Iguaçu

Nos primeiros anos da década da 70, o então comandante do 5º Batalhão de Engenharia de Combate, coronel Ricardo Gianordolli, com o apoio da classe empresarial, fundou a Associação Atlética Iguaçu, que durante muitos anos, no Estádio do Ferroviário, começou já disputando a Primeira Divisão do Futebol Paranaense. Assistimos espetáculos inesquecíveis, com Athletico, Coritiba, Londrina, Operário, Maringá, União, Bandeirantes, Pato Branco, Foz do Iguaçu, além de outros.


O retorno do Iguaçu

O Iguaçu, ou Iguaçuzão, como muitos ainda chamam, viveu um bom período, até de grandes vitórias, mas acabou caindo para a Segunda Divisão, vivendo uma fase até inativa, mas agora, graças a um grupo de idealistas, está renascendo. Quem sabe logo estaremos novamente com o moderno Estádio Antiocho Pereira lotado e assistindo grandes partidas com equipes da elite do futebol paranaense.


Jair da Silva, o Kiko

Nesse espaço destinado a relembrar eventos de nossa história e o futebol amador, durante décadas, foi de grande relevância, portanto digno de registro, uma homenagem ao Jair da Silva, o Kiko, que vem, em obras literárias, realizando um trabalho louvável, deixando para a posteridade a história do nosso futebol.

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