“Cooperativas-escolas vão potenciar os colégios agrícolas”, destaca deputado Hussein Bakri

Numa articulação encabeçada pelo Líder do Governo e Presidente da Comissão de Educação, deputado Hussein Bakri (PSD), começou a ser votado nesta semana na Assembleia Legislativa projeto de lei que implementa as cooperativas-escolas no Paraná. Além de dar mais autonomia aos 23 colégios agrícolas do estado, a proposta tem o objetivo de garantir maior eficiência e agilidade na resolução das demandas dessas instituições, seja na compra de insumos, por exemplo, ou na possibilidade de comercializar a produção.

“Fui procurado por representantes dos colégios agrícolas para ajudar a superar alguns entraves que eles têm enfrentado no dia a dia dessas instituições. As 23 unidades no Paraná não podem ser tratadas no âmbito da gestão da mesma forma que os mais de 2 mil colégios regulares. E o projeto promove essa adaptação tão necessária às peculiaridades dos colégios agrícolas”, explicou Hussein Bakri.

Nessas instituições, os estudantes realizam atividades práticas relacionadas à agricultura, pecuária e florestas, e suas especificidades demandam recursos e autonomia para a tomada de decisões relacionadas à periodicidade de plantio, variedades de cultivo, formulação de rações e aquisição de defensivos, num ritmo distinto do colégio em si (da administração de insumos para salas de aula, por exemplo), o que impacta ou mesmo impede o trabalho planejado.

Com a implantação das cooperativas-escolas, a expectativa é colocar fim à demora de processos licitatórios para aquisição de remédios e defensivos, além de acabar com a dificuldade de obtenção do Cadastro de Produtor Rural (CAD/PRO), documentação necessária na aquisição de insumos para o desempenho das atividades práticas ligadas ao campo.

Também poderão ser superados entraves para a administração dos recursos gerados com o excedente de produção. Atualmente, alguns colégios têm esse excedente em grãos de soja e milho ou leite decorrente da atividades de ensino-aprendizagem, mas os produtos não são comercializados. A partir do momento em que isso for permitido, os recursos obtidos com a venda serão utilizados na própria instituição, além de proporcionar o contato dos estudantes com novas tecnologias utilizadas no campo por meio de parcerias no ramo do agronegócio, promovendo a utilização mais eficiente das áreas escolares.

A proposta ainda permitirá que as cooperativas-escolas possam se aproximar das grandes cooperativas do Paraná para estimular a troca de conhecimentos. “O gestor de cada uma das 23 instituições pelo estado terá autonomia para avaliar o que se enquadra melhor na sua unidade, qual a melhor tecnologia que ele pode empregar ali, a mais pertinente para aquela terra, aquele espaço, um olhar para cada cooperativa-escola”, destacou o coordenador dos Colégios Agrícolas da Secretaria de Estado da Educação, Renato Gondin.

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