Catedral de União da Vitória Receberá Cripta

Em 08 de fevereiro de 2018 a comunidade católica de União da Vitória chorou a perda de Dom Agenor Girardi, bispo diocesano de União da Vitória, aos 66 anos. Dom Girardi era natural da cidade de Orleans (SC), sendo no dia 06 de maio de 2015 transferido pelo papa Francisco, da sede titular de “Fornos Maggiore” e do ofício de auxiliar na Arquidiocese de Porto Alegre, à Diocese de União da Vitória. Sua posse aconteceu no dia 12 de junho de 2015 em solenidade na Catedral Sagrado Coração de Jesus, como o terceiro Bispo Diocesano de União da Vitória.

Anos mais tarde, em 2021, Dom Walter Michael Ebejer deixou seu legado espiritual aos 91 anos. O anúncio da sua morte aconteceu no dia 11 de junho. O religioso da ordem dos Frades Dominicanos da Ordem dos Pregadores (OP) chegou ao Brasil enviado como missionário em 21 de dezembro de 1957, trabalhou no interior do estado de Goiás até ser transferido para o Paraná, onde atuou como sacerdote, até ser nomeado o primeiro bispo da diocese de União da Vitória, em 03 de dezembro de 1976, data da criação da diocese.

Os restos mortais de ambos estão enterrados em uma sepultura com dois túmulos de mármore e, com o lema episcopal, na capela lateral da Catedral. “O fiel entra pela nave central, local em que os fiéis participam das missas na Catedral, e dali segue para os acessos das capelas, que são extensões da Catedral; em uma dessas capelas, ao lado direito é que se encontra a sepultura”, disse Sidnei Reitz, padre na Catedral.

Catedral de União da Vitória Receberá Cripta

Segundo padre Sidnei, os fiéis que conheceram o trabalho dos bispos vão até o local (e mesmo aqueles que ouviram falar do trabalho deles), acendem velas e fazem orações. “O Dom Walter havia feito o pedido de que quando viesse a falecer seu desejo era ficar ali, na capela lateral da Catedral. O intuito é preservar as memórias deles pelo fato de que foram os primeiros bispos da cidade. Os dois tiveram uma história muito importante com União da Vitória e são uma referência histórica”.

Segundo o religioso, pelo prazo de cinco anos os restos mortais dos bispos (Dom Walter e Dom Agenor) não poderão ser removidos da Catedral. “Em breve iniciaremos a construção de uma cripta, que é uma parte subterrânea do edifício, que ficará ao lado da Catedral. Pretendemos iniciar em breve esse processo de edificação”.

A norma interna da Igreja Católica diz que os bispos devem ser sepultados na cripta, no entanto deve-se prevalecer o desejo do sacerdote.


Homenagem à Dom Walter

A Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi) na noite da sexta-feira, 10, realizou a Sessão da Saudade em homenagem ao acadêmico Dom Walter Michael Ebejer.

Dividido em dois momentos, o evento contou com a celebração da missa na Catedral Sagrado Coração de Jesus e o lançamento do livro de Dom Walter intitulado Comentário Seletivo da Constituição Pastoral “Gaudium et Spes”, sobre a Igreja no mundo de hoje (subsídios para Grupo de Estudos).

Presidida pelo Bispo da Diocese de União da Vitória, Dom Walter Jorge Pinto e o presidente da Alvi, Roberto Domit de Oliveira, a cerimônia representou uma demonstração de reconhecimento e gratidão ao primeiro bispo da Diocese de União da Vitória. “Dom Walter deixou um legado de notável amor ao Sacerdócio e de relevantes serviços sociais e culturais prestados à nossa comunidade”, afirma Domit.

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Segundo o presidente da Alvi, Dom Walter foi acadêmico e fundador da Alvi com participação ativa por 20 anos desde a sua fundação, ocupando a cadeira número 09, tendo como patrono o Padre Francisco Salache. “Pouco antes de nos deixar Dom Walter teve um momento de muita emoção quando foi procurado pelo representante da editora para tratar da impressão do seu novo livro, este ao qual fizemos o lançamento em memória. Dom Walter, com o rascunho do livro em suas mãos, entregando ao representante, disse que teria muita felicidade ao ver a sua obra impressa e divulgada por que usou vários livros e muitas pesquisas para produzir este livro, mas acreditava que não veria esta obra tão sonhada. Esta emoção relatada fez com que a Alvi se reunisse com acadêmicos e amigos para concretizar o sonho do acadêmico Dom Walter, que foi um representante de Deus inquieto diante das desigualdades sociais, inconformado com qualquer tipo de exploração; repudiador da corrupção ou qualquer outro tipo de mazela humana, que gera dor e empobrecimento do povo; acolhedor dos deserdados dos direitos mais legítimos e um competente conselheiro”

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