Conheça a Braiscompany e saiba porque empresa está sendo investigada

O que parecia uma forma segura de multiplicar capital pode ser, na verdade, uma verdadeira furada. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) abriu, no dia 26 de janeiro, uma investigação contra a empresa Braiscompany, fundada em Campina Grande mas com funcionamento na Faria Lima, endereço conhecido por ser o coração financeiro de São Paulo. O MPPB investiga denúncias de clientes da empresa que afirmam ter sofrido prejuízos por conta da Braiscompany.

Conheça a Braiscompany e saiba porque empresa está sendo investigada

A empresa atua no ramo de criptoativos, ou moedas virtuais, popularmente conhecidos como Bitcoin. O investimento neste tipo de ativo tem se popularizado e atraído pessoas que querem diversificar sua carteira. No caso da Braiscompany, o cliente compra um valor mínimo de Bitcoins e o empresta para que a companhia realize transações com a moeda. A espécie de aluguel gera, então, um rendimento mensal para o investidor. A promessa é de um retorno de, no mínimo, 6% ao mês. Com as taxas anuais de ganho alegadas pela empresa, quem investiu R$1 milhão em 2019 teria acumulado, em dezembro de 2022, R$12 milhões. O problema, contudo, é que mesmo dizendo ter em mãos uma possibilidade de investimento tão lucrativa, a empresa não têm realizado as devoluções aos seus clientes.

Outro fator digno de destaque é que, por detrás da ideia de aluguel de criptomoedas está, na verdade, um funcionamento compatível com investimento em fundos. Mas a Braiscompany não possui autorização para atuar neste mercado, nem possui as certificações necessárias.

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Clientes se uniram para denunciar a empresa. A advogada Larissa Gatto,que representa 35 desses clientes, afirma que essas pessoas perderam, juntas, ao menos R$1,8 milhão. A Braiscompany informou que a falta de pagamentos aos clientes se deu por conta de problemas técnicos causados pelo desenvolvimento de um aplicativo para otimizar os processos internos. A companhia afirmou, também, que a empresa Binance, que é uma corretora de criptoativos, ou seja, a plataforma responsável por intermediar as transações, havia limitado a capacidade de pagamentos da Braiscompany em 10%, a cada dez dias.

A advogada, contudo, alega que a Braiscompany não possui mais fundos na Binance, e que todos os 7.203 bitcoins colocados na conta da companhia ao longo de cinco anos foram retirados da corretora, uma transação de cerca de R$870 milhões.

Em nota, a Braiscompany afirmou estar utilizando “todos os mecanismos legais e de reserva para honrar os compromissos contratualmente agendados” e que “outras providências já foram tomadas que, por medida de segurança e orientações, não podemos revelar”.

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