União da Vitória novamente na rota do Voe Paraná

Governo justifica que o programa foi paralisado por conta da pandemia


Foto Gilson Abreu AENPr

Na tentativa de amenizar os efeitos causados pela pandemia da Covid-19 e as constantes implicações de um ‘novo normal’, o Voe Paraná é o assunto da vez. A praticidade de um deslocamento de uma cidade para a outra em função de reuniões ou outros compromissos que necessitem de imediatismo fez com que a comunidade do Vale do Iguaçu questionasse o destino do programa que foi adotado como um dos maiores da aviação regional do Brasil; tanto que o Paraná chegou a ter a maior malha aérea regional brasileira.

União da Vitória também fez parte da rota de voos do programa, sendo o primeiro voo realizado no dia 22 de outubro de 2019, no Aeroporto José Cleto. Em razão disso, a cidade retomou sua posição no mapa da aviação comercial com regularidade de voos após 50 anos.

Foto: Anilton Bendlin Jr

Considerado pelo secretário Estadual de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, como um programa extremamente bem-sucedido, o Voe Paraná também sofreu restrições por conta da pandemia.

“Os cancelamentos de voos mundiais também impactaram os aeroportos menores. Porém, estamos prontos para retomar o programa assim que voltarmos à normalidade. Adianto que o Governador Ratinho Junior tem o objetivo de transformar o Paraná em um hub logístico da América do Sul pelo posicionamento que o Estado tem, estando a frente de outros estados e até de outros países. O Voe Paraná é o maior programa de aviação regional do País por meio das inúmeras rotas com cobertura pelo Estado, inclusive em União da Vitória”, acrescenta o secretário.

No período em que esteve em andamento, o Voe Paraná ligou as cidades de Arapongas, Campo Mourão, Cianorte, Cornélio Procópio, Francisco Beltrão, Guaíra, Paranaguá, Paranavaí, Telêmaco Borba e União da Vitória, com a capital Curitiba.

O programa foi lançado no Paraná em 07 de agosto de 2019 com o objetivo de potencializar o desenvolvimento das cidades entre 32 mil e 155 mil habitantes.

“A intenção do programa é justamente aproximar o interior da Capital do Estado e de outros centros do País com foco no desenvolvimento regional, desenvolvendo e gerando mais empregos. É preciso lembrar que União da Vitória foi a rota mais prestigiada no Voe Paraná no período; a cidade obteve êxito na rota”.

O programa contava com aviões da companhia aérea Gol, em parceria com a empresa de táxi-aéreo TwoFlex. União da Vitória, por sua vez, não era origem e nem destino final dos voos, mas sim uma parada entre Curitiba e Francisco Beltrão. Os voos entre Curitiba e União da Vitória aconteciam três vezes por semana, aos domingos, terças e quintas-feiras.

“Além da pandemia, a empresa que mediava o Voe Paraná também foi vendida para outra empresa e, no entanto, o Governo vem retomando a negociação. Estamos prontos para isso, mas ainda não temos como posicionar uma data para o retorno. Assim que tivermos uma estabilização da Covid-19 acreditamos que estaremos novamente com o programa em ação”, acrescenta Sandro Alex.

Foto: Ricardo Silveira

O secretario pontuou ainda que a ampliação da capacidade dos aeroportos de Foz do Iguaçu, Londrina e Curitiba também irá refletir no programa.

“O Paraná vai se transformar em um grande hub aéreo com uma das principais malhas do País e terá uma categoria de aeroporto idêntica ao maior da América Latina, que é o de Guarulhos”.

Secretário Estadual de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex (AEN)

O prefeito de União da Vitória, Bachir Abbas, participou na semana passada de uma reunião com autoridades estaduais, incluindo o Líder do Governo na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Hussein Bakri.

“O assunto foi o Voe Paraná e a lembrança de que fomos um dos destinos mais requisitados no período. O programa foi uma grande conquista à cidade. O deputado Hussein nos disse que já entrou em contato com a empresa para um posicionamento do retorno dos voos, porém, ainda sem uma data definida. Acreditamos que em breve teremos União da Vitória na rota do programa”.


Um pouco mais…

Durante o funcionamento do Voe Paraná, os preços dos voos variavam entre R$ 250 a R$ 350, dependendo proporcionalmente da distância e antecedência da compra. O programa contava com 67 voos semanais em média, com possibilidade de aumentar o fluxo em função da demanda.


O que é um hub logístico?

É o lugar onde as cargas de mercadorias se encontram para serem redistribuídas, em poucas palavras é um porto ou aeroporto que funciona como hubs para conexões de distribuição e logística. Os hubs são muito utilizados tanto para o segmento aéreo, quanto para o rodoviário

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