“Adeus querido amigo Odilon Muncinelli. Logo estaremos novamente juntos!!!”

A vida tem vários mistérios, e o maior deles é a morte. Nunca poderemos entender o porquê de um ente amado ter que partir. A dor que sentimos é imensurável. Nestas horas não há nenhuma palavra que possa ser dita que seja capaz de confortar os nossos corações. Tudo parece perder o sentido e ficar pequeno diante de tamanho sofrimento.

A única coisa que nós, amigos e familiares, podemos fazer é nos colocarmos à disposição para ouvir no momento em que quiserem falar, e oferecer os nossos ombros e coração amigo para apoiar vocês.

Não há nada capaz de reparar uma perda como esta, mas em nome da amizade e amor de quem fica, e em honra da memória de quem se foi, é preciso continuar vivendo. É preciso transformar o luto em uma luta pela vida e pela felicidade, e transformar a dor em saudade e serenidade. Os meus mais sinceros pêsames!


Uma perda dolorosa e irreparável

A morte do advogado Odilon Municinelli é uma perda dolorosa e irreparável para sua amada esposa, filhos, noras e netos, mas também para toda a comunidade de Porto União da Vitória, região e estados de Santa Catarina e Paraná.

Advogado de profissão (na condição de decano), com notável respeito junto à classe, deixa, não somente na sua amada família, um legado que jamais vou esquecer para todos nós, principalmente para mim porque há quase seis décadas tive a grande honra em contar com a sua sincera amizade, que começou no final e início dos anos 68 e 70 do século passado nos frequentes encontros na Prefeitura Municipal de União da Vitória, em cujo órgão público ele exercia a função de procurador jurídico, nas gestões dos saudosos prefeitos Domício Scaramella, Tancredo Benghi e por algum tempo de Alcides Fernandes Luiz.

Foi, quando, passados agora mais de 50 anos, conversamos sobre a possibilidade dele manter uma coluna no jornal ‘O Comércio’, que teve o título inicial de ‘Lex – Notas e Comentários’, abordando questões jurídicas.

Anos mais tarde, o querido Odilon mudou o título de seu espaço no jornal, passando a publicar a coluna ‘Milho no Monjolo’, passando a abordar assuntos ligados fundamentalmente à história e literatura.

Os anos foram passando e a coluna ‘Milho no Monjolo’  passou a ser acompanhada por centenas (acho que até milhares) de leitores no ‘O Comércio’ e com o surgimento das Redes Sociais no Portal Verde Vale e, também, na revista eletrônica de Isabel Calliari.

Sua participação foi fundamental para a criação da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (ALVI), onde era considerado como uma das principais referências dessa importante instituição que defende a nossa memória, cultura, história e notadamente a língua Pátria. Membro, também, do Instituto Histórico  e Geográfico do Paraná.

Profissionalmente teve marcante e competente passagem, durante muitos anos, como procurador do extinto Banco do Estado de Santa Catarina (BESC).

A dor de sua partida, sem a menor dúvida, é grande e irreparável para a bela e amada família que deixa, mas também para centenas e centenas de pessoas, principalmente para mim, porque ele sempre foi minha referência, minha fonte valiosa para melhorar meus conhecimentos da nossa história.

Nos últimos anos, com frequência eu aparecia em seu escritório/biblioteca para prolongadas prosas sobre os mais variados assuntos ligados à nossa história.

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Além dos momentos que considero inesquecíveis nos almoços (o feijão da Aldair sempre, para mim, teve um sabor especial), além de horas na varanda da casa, na sombra daqueles majestosos pinheiros e jardim bem cuidado, com longas conversas e risos.

A esposa Aldair, nos últimos anos, demonstrava sempre grande carinho ao esposo que chegava a comover pelo cuidado ao Odilon e carinho pelos filhos, noras e netos.

Não por por acaso que em pesquisa realizada em 2017, que Aldair e Odilon Municinelli, foram escolhidos por meus seguidores (que não são poucos) como o Casal do Centenário de Porto União.


Therezinha Leony Wolff

Na mesma pesquisa, sem a menor contestação, a professora Leony Therezinha Wolff, que no mesmo período de Odilon, passou a colaborar com o jornal ‘Comércio’, foi escolhida como a Dama do Centenário de  Porto União.

Em 1993 deixei definitivamente o jornal ‘O Comércio’, mas o querido Odilon lá permaneceu, superando os 50 anos como colaborador do hebdomadário fundado por Hermínio Milis em 1931 e posteriormente dirigido por seu filho Arí Milis  (além de outros, entre os quais o autor deste texto) chamado para integrar a equipe em 1966, um ano antes (1967) do cinquentenário de Porto União, passando, inclusive, pelo centenário de União da Vitória em 1989.

A querida professora Aldair, filhos, noras e netos, só posso manifestar meu profundo sentimento pela perda física do esposo, pai, sogro e avô.

E eu, com muita dor, pela perda de um amigo, que não estará mais aí fisicamente para nossas longas e salutares conversas. Mas a imagem do respeitável e amado amigo, jamais esquecerei, convencido de que ele está agora na Paz do Deus.

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