Gaúchão!: “Faz tanta falta que fica até difícil falar”

Comerciante Ari Domingos Chequeller foi mais uma vítima de complicações da Covid-19 em União da Vitória


Para alguns Gaúcho.
Para outros, Gauchão.

“Essa foto eu amo. É o Mundial do Grêmio”, disse a esposa. (Arquivo Pessoal)

Apelidos que fizeram parte da história de Ari Domingos Chequeller, comerciante e morador do bairro Rocio, em União da Vitória. Homem alto, de 1,96 de altura, dono de um extinto protetor à sua família. De sorriso afetuoso, não descuidava dos seus. O que a vida lhe dava de oportunidades, ele agarrava. Não se intimidava em tentar uma, duas ou três vezes.

Sua partida prematura ainda não faz sentido aos familiares e amigos. Ari, no dia 14 de maio deste ano, foi mais uma vítima por complicações da Covid-19 em União da Vitória. Apesar de não ser filho da terra, Gaúcho se considerava parte da história da cidade e da região.

“Ele era natural de Tapera, no Rio Grande do Sul. Apaixonado por futebol já havia passado por União da Vitória em 1983. Ele jogava futebol e era o goleiro. Os veteranos no futebol da cidade e da região conhecem ele. Sempre falava do time do Botafogo de Paula Freitas. Eu vim com ele em 2009 morar aqui. Estamos juntos há 16 anos”, compartilha a esposa Vanessa da Silva.

Com a filha Ariane Rsln (Arquivo Pessoal)

Gaúcho havia completado os seus 66 anos em 13 de abril deste ano.

“Quem mora conosco é o nosso filho Renam. Antes de mim, soube que ele teve outros filhos, me disse que oito filhos, dos quais eu conheço a Ariane e o Renato”, diz.

Com os filhos Renato e Renam (Arquivo Pessoal)

De acordo com Vanessa, Gaúcho já havia sentido a perda de um grande amigo, o João Luis de Paula, mais conhecido como Jairão, também vítima de complicações da Covid-19. O esportista faleceu no último dia 19 de março aos 63 anos. Jairão atuou como jogador de futebol profissional no Iguaçu, Pinheiros, Novo Hamburgo, Paissandu de Brusque e Canoinhas.

“É tanta falta do Ari que fica até difícil falar. Ele demonstrava proteção e sempre fez questão de mostrar que com ele nada de ruim aconteceria, nem a mim e nem ao nosso filho”.

(Arquivo Pessoal)

Ari havia passado por dois procedimentos de ponte de safena, que também é conhecida por bypass cardíaco ou revascularização do miocárdio, e uma mamária. Também era diabético.

“Ele era um homem valoroso e que amava sua família mais do que tudo”.

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