Altar da Pátria de União da Vitória já pode ser reverenciado!

Ao construir a principal praça de União da Vitória em sua gestão de 1947 a 1951, além de denominá-la com o nome do primeiro prefeito do município, Coronel Amazonas, José Cleto, cidadão dotado de nível notável de patriotismo, construiu o mapa do Brasil, com todos os estados brasileiros da época.

Por isso o mapa foi denominado pelo prefeito de o Altar da Pátria, que passou a ser o centro, durante décadas, dos principais eventos, principalmente dos relacionados às comemorações da Semana da Pátria e do aniversário de emancipação de União da Vitória.

No relatório geral de seu mandato o prefeito José Cleto registrou que além da Praça Coronel Amazonas, deixou um legado de outras importantes realizações, então coerentes com a nova realidade que o Brasil começava a viver.

A Câmara de Vereadores de 1947/1951

Curiosamente, na gestão de José Cleto, como atualmente, a Câmara Municipal também contava com 13 representes: João Romanzini Filho, Dr. Luiz Wolski, Roberto Samuel Petry, Antônio Baby, Reinaldo Mairners, Domício Scaramella, Napoleão Feijó, Manoel Estevão, Astholfo Macedo de Souza, Afonso Nadolny, Aníbal Khury e José Alexandrino de Araújo.


Domício Scaramella sucedeu José Cleto

O vereador do PTB Domício Scaramella foi eleito para suceder o prefeito José Cleto e (como mostra a foto) manteve em sua gestão o respeito ao Altar da Pátria construído por seu antecessor, junto com os vereadores Affonso Nadolny, Napoleão Feijó, Dib Abrão, Miguel Chastalo, Natalio Pereira de Souza, Jorge Jamil Gabardo, José Crema, José Cleto, Antônio da Silva Filho, Cordovan Frederico de Melo, Mauro de Oliveira Cavalin e Ireno Vicente.

E a reverencia ao Altar da Pátria, representado pelo mapa do Brasil, continuou, também com sentimento de pleno respeito e patriotismo nas gestões de Esmaldo Dalla Barba Kurten, Farid Guérios, Domício Scaramella (segunda gestão), Tancredo Benghi, Gilberto Francisco Brittes, Mário Riesemberg/Fernando Bohrer e Pedro Ivo Ilkiv.


Palco de grandes eventos do Centenário

O centenário de instalação do município de União da Vitória, em 1990, na gestão do saudoso prefeito Mário Riesemberg, teve a Praça Coronel Amazonas como palco de importantes eventos alusivos à efeméride, entre as quais, na frente da Catedral Sagrado de Jesus, a cerimônia ecumênica reunindo representantes das principais instituições cristãs da cidade.

Mas, em um projeto de revitalização da praça, lamentavelmente o mapa – O Altar da Pátria – foi ‘sepultado’, na verdade enterrado, causando grande indignação à população, inclusive com o autor do texto sofrendo até ameaças de processos pelas duras críticas que fazia pelo ‘sepultamento’ do mapa. Mas não adiantou nada, mesmo porque os que deveriam respaldar sua posição, simplesmente a ignoraram.

Passadas várias décadas, já no século 21, na gestão de Santin Roveda/Bachir Abbas, com o apoio dos deputados Alexandre Curi, Hussein Bakri e Valdir Rossoni, um novo e moderno projeto de revitalização da Praça Coronel Amazonas foi elaborado e, após alguns entraves, acabou sendo consolidado.

E com um detalhe que deve ser lembrado e considerado como de respeito do prefeito Santin e de seu vice Bachir (atual prefeito): criação de uma comissão especial, integrada por membros ligados à preservação da nossa história e do nosso patrimônio histórico.

Exigência principal da comissão: a restauração do mapa, que não foi nada fácil porque ficou ‘sepultado’ por mais de três décadas, sofrendo grandes danos.

Mas, com muito cuidado, o mapa foi ‘desenterrado’ e no seu entorno construído um muro de proteção.

 


Agora, o ex-vice-prefeito, atual prefeito Bachir Abbas, deu um passo decisivo na recuperação do Altar da Pátria, através de um trabalho especial do artista plástico Carlos Kussik, que fez um estudo e resgate através de relatos e fotos de como era o mapa antes de ser ‘sepultado’. Certamente que a recuperação não retrata exatamente aquele mapa que minha geração e várias anteriores conheceram.

Mas, nas condições precaríssimas que o mapa foi desenterrado para revitalização da praça, mais de três décadas depois, entendo que foi feito o impossível para recuperá-lo.

Talvez não como construiu o prefeito José Cleto, mas o Altar da Pátria de União da Vitória ‘ressuscitou’ e deve agora ser contemplado com o mesmo sentimento de patriotismo, como foi durante muitos e muitos anos, principalmente. Protegido pelas atuais e futuras gerações.

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