Como eram as cidades de União da Vitória e Porto União antes da metade do século passado

“Uma cidade que não preserva seu passado, não tem futuro”

Esta coluna, no decano jornal O Comércio, foi criado exatamente para relembrar o passado de União da Vitória e Porto União, que chamamos de cidades irmãs, o Vale do Iguaçu, exatamente por razões da própria história; que vem desde 1989, com emancipação do município de Porto União da Vitória; a definição de limites do Paraná e de Santa Catarina em 1916; e a criação do município de Porto União em 1917.


Uma única história

Mesmo divididas, o lado paranaense passando a ser União da Vitória e o lado catarinense Porto União, não só nossa a história humana, mas também a geográfica, embora com regramentos legais de cada um dos estados e municípios, é inegável a condição de uma única história, começando pela própria população, que tem habitantes catarinenses e paranaenses. É o caso do autor deste espaço, cujo progenitor nasceu paranaense em 1915, um ano antes da definição de limites em 1916.


Uma visão geral das cidades

A foto que ilustra este texto, de autoria desconhecida, provavelmente do final dos anos de 1930 e metade de 1940, mostra o aterro de acesso à Ponte dos Arcos que estava sendo construída pelo Governo do Estado, com vista da Avenida Manoel Ribas (UVA) e da Rua Matos Costa (PU).

imagem de porto união da vitória no século passado

Foto: Acervo Ivo Dolinski


Colégio Túlio de França, Matriz (Catedral) de União da Vitória e Matriz de Porto União

Nas proximidades do aterro, o já concluído prédio do Colégio Estadual Túlio de França, a Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus, levada à condição de Catedral com a criação da Diocese de União da Vitória na década de 1970, com a posse do primeiro bispo Dom Walter Michael Ebejer, de saudosa memória. E no alto a Igreja Matriz Nossa Senhora das Vitórias e o Morro da Cruz, em Porto União.


Agora no entorno do aterro de acesso à ponte

A foto revela que para a construção da ponte foi necessária a implantação de extenso aterro, que acabou contribuindo para o represamento das águas do grande rio em período de prolongadas chuvas.

Atualmente aqueles espaços, que na foto estavam vazios, estão todos ocupados, com residências, estabelecimentos comerciais e até pequenos prédios.

E, o mais grave, a ponte foi construída com a entrada para a cidade embaixo de um grande morro, que vem, como mostramos em outra coluna, com os mesmos problemas de agora, sofrendo deslizamentos, cada vez mais graves.

Voltar para matérias