Espaço de uma madeireira ocupada agora por uma mega loja

(Arquivo Ivo Dolinski)

Durante várias décadas do século passado – anos 40, 50, 60, 70 e 80 – a área que o leitor pode ver na imagem foi ocupada por uma indústria madeireira, no bairro Cidade Nova (antigo Tócos), em Porto União.

Uma indústria, sucedida posteriormente por outra, que em consequência das mudanças registradas no segmento das atividades vinculadas à utilização das já exauridas reservas das grandes reservas florestais, principalmente da araucária angustifolia (pinheiro do Paraná) e a ocotea porosa (imbuía), foi lentamente diminuindo suas atividades.


Estrutura da RVPSC

E, a poucos metros, anos antes, o intenso movimento de uma estrutura mantida pela então Rede Viação Paraná Santa Catarina (RVPSC), para lavagem e desinfecção de dezenas de vagões adaptados para o transporte de gado.

Agora uma moderna via pública (Avenida dos Ferroviários), com duas pistas, ciclovia e pista para caminhadas de pedestres.

Muitos habitantes das gerações citadas no início deste texto lembram da indústria madeireira e da estrutura de lavagem e desinfecção de vagões da RVPSC que transportavam animais, principalmente gado.


A maior (mega) loja da região

(Reprodução/Assessoria)

A área vista na imagem acima ocupada por uma indústria madeireira, passadas várias décadas do século passado, deu lugar nos primeiros anos do século 21 a mais moderna e maior loja (uma mega loja) das regiões do Planalto Norte de Santa Catarina e Sul do Estado do Paraná: a Havan, de propriedade de um dos empresários (Luciano Hang) mais conhecidos no país, catarinense de Brusque e que mantém uma rede de cerca de duas centenas de lojas espalhadas por todo o Brasil.

A instalação da Havan em Porto União foi o resultado de muitos estudos e a participação de líderes políticos e representantes do Governo do Estado de Santa Catarina no período de 2013 a 2016.
Sem e menor dúvida, a maior conquista de Porto União no setor econômico nestas duas primeiras décadas de século 21.

Uma loja gigantesca, com uma variedades de itens à venda, realmente completa, ainda com salas de cinema, lanchonete e um grande estacionamento.


As cidades geminadas no século passado

(Arquivo Ivo Dolinski)

Geminadas porque estão umbilicalmente unidas por circunstâncias extraordinárias consolidadas em outubro de 1916 com a divisão de limites das divisas dos estados de Santa Catarina e do Paraná, quando a cidade paranaense de Porto União da Vitória foi dividida pela ferrovia, com o lado paranaense passando a ser União da Vitória e o lado catarinense Porto União.

O município paranaense de Porto União da Vitória, ainda com o atual território de Porto União incluído, foi instalado oficialmente em 1890. E, Porto União, após a divisão em 1916, de limites dos dois estados, em 05 de setembro de 1917.

Detalhe que deve ser considerado por todos os habitantes das duas cidades: apesar da divisão de limites dos dois estados, somos fruto de uma única história, fato que nos coloca em uma posição de população com uma das mais importantes origens de história humana do Paraná e de Santa Catarina.

A imagem mostra como eram as cidades divididas nos anos 40 ou 50 do século passado, já bem desenvolvidas, com destaque para as igrejas matriz Nossa Senhora das VitóriasPadroeira de Porto União – e a matriz Sagrado Coração de JesusPadroeiro de União da Vitória.

Desde 1977, a matriz Sagrado Coração de Jesus passou à condição de Catedral, resultado da criação, pelo Vaticano, da Diocese de União da Vitória, desvinculada da Diocese de Ponta Grossa, com a ascensão do primeiro bispo Dom Walter Michael Ebejer, que faleceu em junho de 2021.

Dom Walter Ebejer, após sua aposentadoria, passou à condição de bispo emérito, sendo substituído por Dom João Bosco e posteriormente por Dom Agenor Girardi, que faleceu, agora com Dom Walter Jorge Pinto na direção da Diocese.

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