Mau tempo impede pouso do Voe Paraná em União da Vitória

 

Sete passageiros que estavam com passagens compradas para o voo partindo de União da Vitória com destino para Curitiba tiveram seus planos frustrados por conta do mau tempo e a existência de uma camada de nuvens densa na região. A saída do Aeroporto Municipal Professor José Cleto deveria ter acontecido no domingo, 30, às 17h. Esse seria o primeiro voo em um domingo no município após a retomada do programa Voe Paraná

(Foto: Jaqueline Castaldon)

Em nota enviada pela Azul (responsável pelos voos) à redação de O Comércio, a empresa destaca que “o retorno do voo acontece pela ausência de instrumentos de auxílio à navegação aérea, essenciais para a operação com segurança em dias com meteorologia adversa”.

Segundo um especialista em aviação, que conversou com a reportagem mas preferiu não se identificar, a razão do retorno do voo se deu pela baixa condição de teto, ou seja, a altitude mínima de segurança entre o solo e as nuvens. A distância mínima em relação ao nível do mar é de algo em torno de 1.500 pés (450 metros). Para a nossa região essa distância é de 6.000 pés (cerca de 1.830 metros).

Essa altitude tem como intenção garantir a visibilidade do piloto no momento do pouso e evitar que ocorram acidentes. Caso não haja visibilidade ao atingir o teto mínimo, o piloto opta por realizar novas tentativas ou retornar ao aeroporto de origem retomando a altitude de cruzeiro que é de, em média, no caso do C-208 Caravan 9.000 pés (aproximadamente 3.000 metros). Outras cidades paranaenses, como Umuarama, também tiveram voos cancelados na tarde de domingo devido ao mau tempo.

Pelo site Flight Radar foi possível observar que a aeronave deu voltas pela região antes de o piloto optar pelo retorno. (Foto: reprodução)


Como ficam os passageiros?

Questionada sobre os direitos dos passageiros após o cancelamento do voo, a Azul disse lamentar eventuais aborrecimentos causados, e destacou que “presta toda a assistência necessária conforme previsto na resolução 400 da Anac e reforça que ações como essa são necessárias para garantir a segurança de suas operações”.

Tal resolução indica que a companhia é responsável por garantir acomodação, reembolso e execução de serviço por outra modalidade de transporte, de acordo com a escolha do passageiro.  Tais ressarcimentos devem ser feitos em caso de atraso de voo por mais de quatro horas, cancelamento de voo, preterição (deixar de transportar um passageiro que tenha se apresentado para voo) e perda de voo subsequente por um passageiro em casos de conexão quando a causa da perda for do transportador.

Em caso de atrasos e cancelamentos também está prevista na resolução 400 a assistência material. As obrigações do transportador variam de acordo com o tempo de atraso do voo. Quando o atraso for superior a uma hora, caberá à empresa oferecer facilidades de comunicação; em atrasos superiores a duas horas deve-se fornecer alimentação, por meio de oferta de refeição ou voucher; e em atrasos superiores a quatro horas cabe à empresa ofertar serviço de hospedagem em caso de pernoite, além do translado de ida e volta para o aeroporto.

Quanto ao reembolso em caso de cancelamento, a resolução prevê restituição integral caso o pedido seja referente ao aeroporto de origem, ou seja, caso o passageiro não tenha feito proveito de nenhum trecho da viagem. O reembolso poderá ser feito em créditos para aquisição de nova passagem caso o passageiro assim desejar.

O Voe Paraná deve atender União da Vitória três vezes na semana. As passagens podem ser adquiridas no site.

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