Judiciário quer construção de Presídio em União da Vitória

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Atualizado há 6 anos

IMG_1631O chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, recebeu no dia 24, ofícios assinados por juízes da Comarca de União da Vitória e também por procuradores do Ministério Público do Paraná que atuam no município reivindicando a construção de uma Unidade Prisional na cidade.

Rossoni afirmou que existem recursos para a construção de um presídio na região e destacou que a solicitação encaminhada ao Governo do Estado é importante para a viabilização do projeto. “Os juízes e promotores nos dizem que não têm onde manter os presos e, muitas vezes, precisam soltar
uma pessoa que comete um crime em razão da falta de vagas na cadeia”, afirmou Rossoni. “Colocamos mais três mil policiais nas ruas neste ano e estamos adquirindo 1,2 mil novas viaturas para dar
melhores condições de trabalho às nossas polícias”, completou.

O diretor-geral do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), delegado Luis Alberto Cartaxo, apresentou um modelo de presídio que pode ser erguido em seis meses, mas Rossoni ressaltou que é preciso vencer muitas etapas burocráticas antes do início da obra. “Existe o interesse do Judiciário e do Ministério Público e a prefeitura se compromete em doar o terreno. Com base no que recebemos aqui, cabe ao governo agilizar os recursos”, destacou Rossoni, ressaltando que um prazo razoável para a entrega da
unidade é de um ano.

Os documentos foram entregues durante reunião no Fórum, que contou as presenças, ainda, do Executivo de União e do presidente da Associação dos Municípios do Sul do Paraná (Amsulpar) e prefeito de Bituruna, Claudinei Castilho.

Comandante da PM fala sobre onda de assaltos

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Major Taborda

Major Taborda, comandante do Batalhão da Policia Militar de União da Vitória, participou da reunião que teve o pedido de construção do presidio como pauta. Para ele, o encontro mostrou a força de mobilização da comunidade, bem como o interesse dos poderes em resolver o que se arrasta há muito tempo.

Favorável ao presídio, major Taborda afirma que não se sente intimidado quanto cobrado sobre os recentes registros de assalto na cidade. Diz estar tranquilo, embora garanta que o policiamento é ostensivo, sem descanso. “É nossa obrigação checar tudo isso e também pedimos a ajuda da comunidade. Até a imprensa tem este papel, de nos sugerir, dar qualquer informação que possa ajudar”, pede. Segundo o comandante, o policiamento será reforçado, com a colocação de militares no anel do comércio durante o expediente. “Não vamos descobrir outras áreas mas vamos fazer isso”, garante.

Sobre os produtos levados na “onda”, faz críticas. “O que mais foi levado agora são os óculos, relógios, dinheiro e vimos que geralmente são os jovens que praticam o delito. Quer dizer, ao invés de trabalhar, roubam para ostentar”, diz. Taborda critica também o uso de drogas, presente na cidade – até na área rural, segundo ele – e o efeito dominó disso, provavelmente indicado com os roubos. “Droga, olha o nome, droga. Não consigo entender as pessoas. O que é ruim, não quero pra mim”, diz.