Quase tudo para União da Vitória é mais difícil. A instalação da Delegacia da Mulher virou uma novela sem graça que desrespeita uma região onde os índices de violência contra “elas”, o idoso e à criança são elevados.
O sonho da concretização de uma Delegacia da Mulher dependia de uma estrutura física adequada para sua sede em União da Vitória. A Juíza de Direito da Comarca, Jeane Carla Furlan, destinou o imóvel, usado antigamente por juízes que eram transferidos, para abrigar o órgão. Por outro lado, o prefeito Pedro Ivo Ilkiv (PT) se comprometeu a reformar a “casa do juiz”. E assim o fez. De acordo com o chefe de gabinete da prefeitura, Sidnei Cieslak, o prédio foi readequado, com reformas nas paredes, hidráulica e pintura.
Pronta toda a estrutura física, esperava-se que a Delegacia da Mulher fosse a mais estruturada de todas as subdivisões policiais do Paraná. Para frustração da região sul do Paraná, a Delegacia continua funcionando precariamente em uma salinha improvisada na 4ª SDP.
E não é por falta de pessoal. A doutora Sandra Maria Vasconcelos, já foi designada para ser a chefe da Delegacia da Mulher. A estrutura conta com investigadores, estagiários, uma assistente social, além do apoio logístico do Fórum. Ocorre que, ninguém tem onde sentar, um computador para usar ou mesmo uma poltrona para acomodar melhor as vítimas. O Estado do Paraná, até agora, não enviou dinheiro para mobiliar e estruturar o local, que está fechado há cerca de dois meses.
A assessoria de imprensa da prefeitura confirmou por telefone, que a reforma foi completa, inclusive com pintura, reforma de banheiros e construção de um banheiro adaptado para deficientes, trocadas janelas, foi refeita a parte elétrica e outras benfeitorias. No local onde ficava a garagem, foi construída uma sala acústica, para ser usada pelo judiciário e pela delegada, para que os interrogatórios e queixas não possam ser ouvidas por quem está do lado de fora. A unidade vai atender, depois de inaugurada, seis municípios. Além de União, são eles: Bituruna, Cruz Machado, General Carneiro, Paula Freitas e Porto Vitória.
Estado garantiu Delegacia da Mulher
O delegado-chefe da 4ª SDP, doutor Douglas Carlos de Possebon e Freitas, confirmou no dia 2 de julho de 2015, que a Delegacia foi aprovada pelo Conselho da Polícia Civil. “A nova delegacia é de extrema importância para a nossa região”, afirmou o delegado.
Desde março de 2008, a 4ª Subdivisão Policial tem uma seção especializada em violência doméstica. Conforme o delegado, a equipe será transferida para a Delegacia da Mulher. O Governo do Paraná confirmou a implantação da delegacia especializada, por meio da deliberação 368/2015, do Conselho da Polícia Civil.
Beto Richa lembrou na ocasião, que a primeira Delegacia da Mulher foi criada no governo de José Richa e que, nos últimos cinco anos, já em sua gestão, são seis unidades. Até o fechamento desta reportagem ninguém soube dizer quando o Estado vai repassar os recursos para viabilizar a implantação de fato, da Delegacia da Mulher.