Um ano do mega assalto em Criciúma, os seis acusados foram soltos pela justiça

Aos investigados, houve a imposição de medidas cautelares diversas da prisão. Entre essas medidas está o uso de tornozeleiras eletrônicas

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Atualizado há 2 anos

Quase um ano após o mega-assalto a tesouraria regional do Banco do Brasil em Criciúma, no Sul catarinense, a Justiça concedeu a liberdade provisória de seis acusados no processo que investiga o crime de organização criminosa dos envolvidos. O assalto teve início na noite de 30 de novembro de 2020 e terminou na madrugada de 1º de dezembro.

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Criciúma, que faz parte da força-tarefa designada para acompanhar o assalto, aos investigados houve a imposição de medidas cautelares diversas da prisão.

Entre essas medidas está o uso de tornozeleiras eletrônicas. Três dos suspeitos soltos no dia 19 de novembro estão usando o equipamento e são monitorados pelas autoridades. Entre o grupo solto há três mulheres, duas delas presas três dias após crime. Uma delas é apontada pela Divisão de Investigação Criminal como companheira de um dos articuladores do crime.

Crime

Na noite do crime, por volta das 23h50, cerca de 30 homens com armas de grosso calibre cercaram a área central da cidade, onde fica o banco, provocaram incêndios, bloquearam ruas e acessos e atiraram várias vezes. Foram feitos reféns (assista ao vídeo acima) e um policial militar foi baleado e segue acamado e sem falar.

No ataque, dez carros utilizados pelos criminosos e que foram localizados pela polícia eram de luxo e nove foram blindados. Pelo menos três tinham placas de São Paulo. À época, o delegado regional da cidade, Vitor Bianco, afirmou que os carros eram de “alta potência e grande valor comercial”, de marcas como Audi, Land Rover, BMW, Mitsubishi e Volkswagen.

Assalto a banco em Criciúma ocorreu em 2020 e as investigações seguem em andamento — Foto: Diorgenes Pandini/ NSC

Foto: Diorgenes Pandini/ NSC

Documento detalha como integrante de facção foi localizado

Três dias depois do crime, a Polícia Civil prendeu, no Rio Grande do Sul, um dos suspeitos do assalto que pertencia a uma facção que atua dentro e fora de presídios de São Paulo. Em julho deste ano, a defesa do suspeito entrou com um pedido de habeas corpus no STJ, que foi negado.

O documento detalha como o homem foi localizado. Duas mulheres foram abordadas em Criciúma dentro de carro de São Paulo, com registro de diversas viagens entre o estado fluminense e catarinense nos meses que antecederam o crime.

O destino visto no endereço do gps do veículo era uma casa em Gramado, na serra gaúcha. Autorizada busca e apreensão, a polícia encontrou o homem no endereço.