COLUNA PELO ESTADO: Entre mulheres

Foto: Júlio Dutra/Divulgação

Pela primeira vez, Santa Catarina tem política pública para a comunidade pesqueira. Foi com o coração que a deputada e candidata à reeleição Ana Paula da Silva, a Paulinha, do Podemos, articulou essa conquista na Comissão de Pesca e Aquicultura da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc). Em passagem por Barra do Sul, onde ocorre a Festa da Tainha, a deputada Paulinha tomou café da tarde com mulheres da associação da pesca artesanal. As mulheres, foi comentado, ainda estão nos bastidores, quase invisíveis, no setor da pesca. Como era dia de jogar luz, a deputada visitou também a Casa de Repouso Nasci pra Brilhar, onde Dona Maria cantou as Mocinhas da Cidade e ganhou abraços.

A dificuldade de lidar com o não pode levar ao desastre na política

No entorno do pré-candidato à reeleição Carlos Moisés (Republicanos), é dito que o próprio empresário e ex-prefeito de Jaraguá do Sul Antídio Lunelli (MDB) desconvidou-se a participar da chapa ao usar espaço partidário e de rede social para criticar o governador. Duas metáforas mal colocadas e já era: azedou a relação. Uma ao estilo daquela com que o PT magoou a ex-candidata Marina Silva, falando sobre cofre cheio e prato vazio. Outra, sobre não entregar a chave da sua empresa para Moisés.
Essa transição do ambiente empresarial para a política costuma ser mesmo difícil. Quem imaginaria que até o ex-governador de São Paulo, João Dória (PSDB), que nem era mais estreante, ficaria pelo caminho?
A política tem seu tempo e seus modos. É sempre sobre “a arte do possível”, ou quando piora, como acrescentou o economista e filósofo John Kenneth Galbraith, “consiste em escolher entre o desagradável e o desastroso”.
Também o governador veio de fora do espectro político. Ele mesmo costuma brincar que “até hoje não é da política”. Mas, ser bombeiro é muito diferente de ser empresário. Tem de colocar sempre o interesse público, a vida do outro, na frente da própria vontade e aprender a lidar com o não.

Logo 5G aí
Prazo máximo para operação do 5G em Florianópolis é 29 de setembro, de acordo com Anatel. A Comissão de Economia da Alesc tem conversado com operadoras para garantir agilidade ao serviço. Para Joinville, com mais de 500 mil habitantes, o prazo é 1º de janeiro de 2023. Com o novo sinal, a velocidade da internet pode aumentar em 100 vezes, permitindo avanço da telemedicina, uso de veículos autônomos e a produção na indústria 4.0. Para o acesso basta celular compatível com a tecnologia. Há 68 modelos homologados pela Anatel a partir de R$ 1,3 mil.

Sempre MDB
Pra não fugir a regra, a convenção estadual do MDB, em 23 de junho, promete momentos eletrizantes. O deputado federal Rogério Peninha Mendonça acaba de oficializar que vai disputar vaga ao Senado com o deputado federal Celso Maldaner e o ex-governador Paulo Afonso Vieira. Peninha, engenheiro agrônomo que foi extensionista da Acaresc no Alto Vale e chegou a presidir a Epagri, está no oitavo mandato e pretende deixar seu legado com seu assessor há mais de 15 anos, o jornalista Rafael Pezenti. No Congresso, é tido como integrante da bancada da bala.

UTI neonatal no Oeste
Depois de quase oito anos, Tribunal de Justiça acatou ação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e obriga o governo do Estado a instalar, em sete meses, pelo menos sete leitos de UTI neonatal em hospital de São Miguel do Oeste. Não há um único leito em todo o extremo oeste, o que exige o deslocamento de recém-nascidos até Chapecó.

Sem boiada
MPSC conseguiu liminar para suspender alterações no Código Estadual do Meio Ambiente que fragilizaram a fiscalização ambiental. Havia sido tirado poder da Polícia Militar Ambiental de lavrar autos de infração e limitadas medidas preventivas para agentes fiscalizadores. Justiça entendeu que depois de feito, fica difícil reparar o dano ambiental.

Energia solar para pequenos
A geração de energia fotovoltaica, antes exclusividade de negócios de alto padrão, ganha espaço também entre famílias e empreendedores de pequenos negócios do Sul do Brasil. Especializado em microfinanças, o Banco da Família lançou linha específica para compra e instalação de equipamentos há três anos e já liberou R$ 3,9 milhões. Destes, R$ 1,5 milhão em apenas seis meses de 2022. “Os dados mostram que devemos mais do que dobrar o volume liberado para projetos de energia solar até dezembro”, aponta a presidente do banco catarinense, Isabel Baggio. O maior atrativo da fotovoltaica é a economia, ainda mais valorizada em tempos de tarifas nas alturas.

Produção e edição
ADI/SC jornalista Adriana Baldissarelli (MTb 6153) com colaboração de Cláudia Carpes

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