COLUNA PELO ESTADO: Tudo pronto

Foto: Divulgação/TRE-SC

O presidente da Associação dos Diários do Interior de Santa Catarina (ADI/SC), Lenoíres da Silva, acompanhou reunião na tarde desta segunda-feira com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, desembargador Leopoldo Augusto Brüggemann. Os representantes do TRE-SC destacaram aos representantes das entidades de classe da comunicação a confiabilidade do sistema e esclareceram dúvidas sobre as eleições 2022, quanto à legislação, novidades tecnológicas e urna eletrônica. Na imagem, a partir da esquerda, Gonsalo Agostini Ribeiro, diretor-geral do TRE, Denise Schilikmann, secretária de Controle Interno e Auditoria, José Roberto Deschamps da Adjori/SC, Leopoldo Augusto Brüggemann, presidente do TRE, Saul Brandalise da TVBV, Lenoíres, Karen Sinhor do SBT e Fabio Lopes de Lima da Acaert.

Para vencer, candidato precisa capturar voto desesperançado

As pesquisas de intenção de voto são fugazes como as nuvens, mudam a toda hora. A cada duas semanas, pelo menos. A política tem recursos mais firmes de avaliação, como a experiência. Quer ver um exemplo?
Poderia se dizer, o método 40-30-30. Em toda eleição brasileira, para presidente ou governador, 40% dos votos são de favor, estão nas mãos de quem tem o poder ou o dinheiro naquela disputa. Os 60% restantes, são divididos em duas facções.
Na primeira, a escolha está ligada aos partidos, seja por motivos ideológicos ou fisiológicos. Na segunda facção, está o voto dos desesperançados, dos descrentes na política e nos políticos. O que define o ganhador da eleição é a quem os desesperançados se unem.
A conta é do especialista em regime políticos e gestão e mestre em Teologia Ubiratan Rezende. Gaúcho que viveu boa parte da infância em Bom Jesus, nos campos dos Aparados da Serra, divisa do RS com SC. Desde 2011, voltou a residir na Flórida, nos Estados Unidos. No Estado, Bira Rezende foi do alto comando da Perdigão e TV Barriga Verde, secretário de Estado de Administração com Esperidião Amin e da Fazenda com Raimundo Colombo. Nos Estados Unidos, foi chefe de gabinete do secretário-geral da OEA, consultor do Banco Mundial na área de governo eletrônico e professor da Universidade Ave Maria.
Até hoje mantém contato semanal com grupos catarinenses: de jovens para estudos bíblicos e de políticos para aconselhamento.

Voto do favor
Nestas eleições ao governo de Santa Catarina, as candidaturas do campo mais conservador dividem-se pelo legado. A aliança em torno da reeleição do pré-candidato Carlos Moisés, favorito nas pesquisas, disputa através da entrega de obras e serviços e conta com relativa aprovação do desempenho do governo. Há outra ala que se afastou e reaglutinou-se pelas mãos de Jorge Konder Bornhausen, Júlio Garcia (PSD) e Eron Giordani (PSD) em torno da pré-candidatura do ex-prefeito da Capital Gean Loureiro (União Brasil). Grupo de muitos recursos e com o marketing do invejável publicitário Fábio Veiga.

Salada ideológica
O voto ligado aos partidos em Santa Catarina tende a polarizar em função da disputa para presidente. Com divisões mais ligadas aos costumes e a diversidade identitária. Difícil vai ser tentar localizar o correspondente estadual dessas pautas. Na centro esquerda, seria mais fácil, mas hoje há coabitação com Geraldo Alckmin (PSB) lá e Gelson Merísio (Solidariedade) cá. Na direita bolsonarista, a fisiologia dos partidos coloca vários pré-candidatos, mas palanque mesmo de-pende do arranjo a que chegarão Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL). No fim, é o velho fisiologismo vestindo roupa de identidade ideológica para as eleições.

Pela esquerda
A pré-candidatura do petista Décio Lima ao governo do Estado está consolidada com apoio de sete das oito siglas da Frente Democrática. Além do PT, PDT,¬¬ PCdoB, Solidariedade, PV, Psol e Rede. Falta fechar o acordo com o PSB do senador Dário Berger. Semana passada, Décio reuniu-se com os pré-candidatos Lula e Alckmin e teria conseguido a confirmação do seu nome para cabeça de chapa. Dizem que, se Dário não quiser mesmo concorrer à reeleição ao Senado, o PSB poderia indicar o candidato a vice-governador. Intenção é matar a charada no início desta semana.

Convenções
Em eleição curta, as chapas têm pressa de colocar os nomes na rua. Neste sábado (23), primeiro final de semana possível para convenções partidárias, MDB reúne-se na Alesc, para decidir se apóia a reeleição de Carlos Moisés, com Udo Döhler como candidato a vice, ou segue isolado com Antídio Lunelli. Começa de manhã e vai até à tarde. Logo ali do lado, no CentroSul, o Republicanos, lança a candidatura de Moisés, às 19h. União Brasil e PSD terão confirmado Gean Loureiro, com Eron Giordani de vice e Raimundo Colombo ao Senado, à tarde, no CentroSul. O PP de Esperidião Amin faz convenção de manhã na ACM. A exceção ficará com o PL de Jorginho Mello, que deixou a convenção para o último dia à noite, dia 5 de agosto, às 20h, na ACM.

Produção e edição
ADI/SC jornalista Adriana Baldissarelli (MTb 6153) com colaboração de Cláudia Carpes. Contato peloestado@gmail.com

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