Moisés mostra força na votação que elevou gastos e encerrou ano na Alesc

Os deputados estaduais fizeram um esforço concentrado e em mais de sete horas de sessão limparam a pauta e deixaram o caminho livre para o recesso parlamentar que vai até o início de fevereiro, quando a Alesc voltará às atividades sob a presidência de Moacir Sopelsa (MDB). No último encontro realizado nesta terça-feira, 21, foram aprovados 31 projetos de origem do Executivo numa minireforma administrativa que cria cargos, eleva o status de secretarias e gera despesas com o pessoal de R$ 1,3 bilhão em 2022 e R$ 1,4 bilhão em 2023. O movimento recebeu críticas de instituições do setor produtivo, como Fiesc e Facisc; foi bombardeado em plenário pelos oposicionistas, mas foi aprovado quase sempre por 28 votos em cada PL, confirmando a força do governo Moisés no parlamento. Além disso, também passou a proposta da LOA (Lei Orçamentária Anual) para 2022. Na minirreforma, entre as principais alterações está a criação da Secretaria-Geral de Governo, em substituição à Chefia de Gabinete do Governador; a extinção da SSP (Secretaria da Segurança Pública) e a criação do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial; a transformação do Detran em autarquia e sua vinculação à Segurança Pública; a extinção da SIG (Secretaria Executiva de Integridade e Governança); entre outras. Ao todo, foram criados 98 cargos comissionados, com impacto financeiro superior a R$ 16 milhões em três anos. Essa vitória governamental, porém, também recebeu elogios. A deputada Paulinha (sem partido) saiu em defesa da criação dos cargos. “Não acho que 98 cargos, distribuídos em várias estruturas, com o objetivo de melhorar a gestão, é algo que vai dilapidar os cofres”. O líder do governo, deputado José Milton Scheffer (PP), afirmou que a minirreforma é uma prerrogativa do Poder Executivo. “São ajustes estruturais e necessários na melhoria do desempenho da administração. São cargos técnicos que vão cuidar de programas do governo, atendendo às demandas do Estado”, destacou, ao final das discussões.

Com ampla maioria, governo do estado teve seus projetos aprovados na última sessão do ano na Alesc | Foto Rodolfo Espínola / AgênciaAL

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