Santa Catarina terá mais Gás Natural a partir de 2022

A ANP (Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis) autorizou a construção do THS (Terminal Gás Sul), na Baía de Babitonga, no porto de São Francisco do Sul. O empreendimento da empresa New Fortress Energy aguardava autorização da agência desde fevereiro e está previsto para entrar em operação no primeiro trimestre de 2022. Em maio deste ano, o terminal recebeu também a LAI (Licença Ambiental de Instalação), emitida pelo IMA (Instituto do Meio Ambiente). Outra opção de ampliação da oferta de Gás Natural é via Gasbol (Gasoduto de Transporte Bolívia-Brasil). Recentemente, a TBG, empresa que opera o gasoduto, informou a possibilidade de ampliação de até quatro milhões de m³ por dia de Gás Natural, projeto que aguarda aprovação pela ANP. A ampliação é importante porque o Gasbol atualmente opera no limite de capacidade na zona denominada SC2, que abrange os pontos de entrega de Biguaçu até Nova Veneza. Desde a sua construção, há mais de 20 anos, não houve nenhuma ampliação da capacidade total que hoje é de até 30 milhões de m³ e abastece outros estados brasileiros, como o Mato Grosso do Sul, toda a região Sul e parte de São Paulo. Também é interligado ao sistema de gasodutos de transporte da NTS no Sudeste, podendo, portanto, enviar gás para outras regiões. A ampliação do gasoduto poderá aumentar a capacidade total em 13%. A autorização da Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis ao terminal na Baía da Babitonga prevê ainda a construção do gasoduto de transporte entre Itapoá-Garuva, de 33 km de extensão, interligando o terminal de regaseificação de GNL (Gás Natural Liquefeito) da New Fortress ao Gasbol. O projeto consiste em um navio amarrado a estruturas marítimas acima do nível do mar, sem conexão com infraestrutura em terra, na Baía de Babitonga, a 300 metros da costa. O GNL será transferido por navios metaneiros. O empreendimento poderá ampliar em 179% a oferta do insumo em Santa Catarina.

Projeto consiste em um navio amarrado à estruturas marítimas, sem conexão com infraestrutura em terra | Ilustração/SCGÁS

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